sexta-feira, abril 18, 2025
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Guerra comercial entre EUA e China abre oportunidades para exportações paranaenses

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O conflito econômico entre as duas maiores potências globais pode favorecer o comércio exterior do Paraná, segundo análise do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), mesmo após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trumper, suspender as tarifas por 90 dias.

Ratinho Junior vê a elevação de tarifas por Washington e Pequim como oportunidade de negócios para o Paraná e o Estado pode ser uma alternativa para suprir demandas antes atendidas pelos norte-americanos.

Com presença em 176 nações, o setor de alimentos e bebidas paranaense registrou US$ 14,2 bilhões em vendas externas em 2024, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento. O agronegócio local, especialmente a cadeia da soja, está entre os mais beneficiados, já que a China impôs sobretaxa de 84% sobre o grão originário dos EUA.

Atualmente, a soja e os seus derivados já representam a maior fatia das exportações paranaenses, com US$ 5,3 bilhões em vendas do grão, US$ 1,4 bilhão em farelo e outros US$ 358 milhões no formato de óleo apenas no ano passado. Apenas os grãos de soja representaram 75,5% das exportações para a China em 2024, gerando uma receita de US$ 4,5 bilhões para o Paraná.

Além do segmento oleaginoso, a avicultura também ganha espaço nesse cenário. As vendas de carne avícola in natura para o mercado chinês alcançaram US$ 739 milhões, representando 12,4% do total exportado para o país. A competitividade dos produtores locais reforça a posição do Estado como fornecedor estratégico em meio às tensões geopolíticas.

ESTADOS UNIDOS – A indústria de produção agroflorestal paranaense, que se destaca pala produção de madeira de reflorestamento, um insumo muito procurado pelos norte-americanos, também é um segmento que pode crescer a partir do novo cenário global, de acordo com Ratinho Junior.

“Os Estados Unidos são muito dependentes da importação de derivados de madeira para a construção civil, usadas principalmente nas residências, e o Paraná se destaca nesta produção, o que ajuda o Estado a ser reconhecido como o mais sustentável do Brasil”, pontuou o governador.

A madeira em formato bruto, manufaturado ou em compensados representa atualmente 28% das exportações do Paraná para os Estados Unidos, o que gerou uma receita de aproximadamente US$ 446 milhões no ano passado. Mesmo antes da disputa comercial já houve um crescimento nas vendas, sobretudo nos compensados de madeira, que aumentaram 24,5% entre 2023 e 2024.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam o bom momento da indústria madeireira do Paraná, que registrou o maior crescimento do País em 2024, com uma alta de 12,4% em relação ao ano anterior.

“No Paraná encaramos essa ‘briga’ entre os dois gigantes globais como uma janela de oportunidade, na qual podemos aproveitar a grande vocação do Estado na produção de alimentos e outros produtos agrícolas para que a agroindústria cresça ainda mais, gerando mais empregos e renda à população”, concluiu Ratinho Junior.

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