* José Carlos Chicarelli
Partidos ligados ao governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) e ao prefeito Rafael Greca (DEM) foram os que mais receberam vereadores na janela de transferências que terminou na semana passada.
A janela da infidelidade em Curitiba é uma amostra da fragilidade dos partidos políticos, onde o importante é a figura pública e não a ideologia de cada sigla.
Vereadores preocupados com a renovação dos mandatos fizeram um verdadeiro festerê ideológico, trocando de legendas conforme as conveniências eleitorais para voltarem a partir de 2021.
Se o Brasil fosse sério, político com mandato para mudar de partido deveria passar por uma quarentena, se afastando do mandato eletivo por um período de tempo.
Mas como não é, vou revelar a matemática para a acomodação partidária: o primeiro movimento é projetar a futura votação; o segundo, o número de parlamentares com mandato e o terceiro, se o partido vai lançar um nome na majoritária, para ter certeza de votos de legenda.
Uma análise franca: não prevaleceu na cabeça dos vereadores os ideais partidários e a luta para fazer de Curitiba uma cidade mais humana e justa!
Contribuíram para o jogo das mudanças, promessas de recursos do fundo eleitoral para as campanhas, sem contar os anos de favores do prefeito para alegrar as bases eleitorais dos parlamentares, que em contrapartida aprovaram muitas coisas que desagradaram o curitibano.
Lógico, todo político pensa em primeiro lugar ter mandato eletivo, mas é evidente que as decisões foram tomadas pensando em possíveis cargos comissionados no governo estadual ou no municipal em caso de derrotas, para uma espécie de upgrade e sobrevida política, raramente pensando em renovar as carreiras desgastadas por anos balançando a cabeça para o chefe do poder executivo municipal.
Na verdade, se políticos pensam e agem naturalmente assim, seria de esperar que as siglas não compactuassem com as velhas práticas.
Tivemos avanços e consequentemente bons exemplos em Curitiba.
Posso citar o MDB de João Arruda, PSL de Fernando Francischini, o Novo de João Guilherme, o Avante de Marisa Lobo e etc, que ouviram os filiados e barraram as surpresas de última hora: a entrada de vereadores preocupados apenas com as reeleições.
Da minha parte, torço para em quatro de outubro ser o início de uma relação duradoura entre as legendas, o filiando e o eleitor, prevalecendo nas urnas os ideais aos estatutos partidários, com o eleitor escolhendo a sigla certa para assumir o poder em Curitiba, para colocar fim as velhas práticas políticas do toma lá, dá cá e iniciar um período onde o importante é atender o cidadão com mais saúde, educação e infraestrutura urbana, para aprimorarmos a moral social de cada político escolhido pelo povo.
José Carlos Chicarelli é ex-vereador e criador da CPI da Urbs/Transporte Coletivo
Ótimo artigo
E bem isto mesmo
Puxa que mudança neste MDB
Agora ouve os filiados…
Mas o Franchini esta de parabéns pela organização do partido que está fortissimo
Vereadores de Curitiba ao trocaram de partidos para tentar se reelegerem envergonham a politica
O Chicarelli é talvez o Candidato mais simples dos Grandes candidatos, anda a pé na rua, é dentista de formação, não anda enrabichado com ninguém ao lado, corria nos bairros pra fazer a própria campanha,, dirige o próprio carro, sabe andar por toda Curitiba sem Gps, além de conhecer um monte de boas lideranças, com certeza será eleito.
Que dúvida, mas desta vez, a maioria vai cair do cavalo
Merece ser vereador