sábado, maio 4, 2024
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Alep discute autismo

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Com o Plenarinho lotado, o Encontro de Autoridades do Paraná iniciou a semana com menção ao Problema de Desequilíbrio Mental (TEA). Em audiência pública na manhã de hoje (03), foram discutidos desafios e expectativas de acompanhamento para pessoas com autismo. Especialistas, representantes de entidades e pais de pessoas com autismo participaram de evento organizado pela deputada Flávia Francischini (Unio) para discutir os desafios e as perspectivas para garantir a qualidade de vida dessas pessoas e suas famílias. A reunião também contou com a participação de alguns membros da Câmara.

A iniciativa da deputada Flávia foi destacada pelo presidente do Legislativo, deputado Ademar Traiano (PSD), acompanhado de Rose Traiano, coordenadora das Ações Solidárias da Assembleia. Obviamente, esse contexto inclui deputados e deputadas. A questão do autismo é uma questão que surge repetidamente, então esse olhar realmente precisa ir além de qualquer outra iniciativa pessoal ou política. Precisamos trabalhar a ideia de fazer um projeto de lei com todos os autores – deputados e deputadas – para que se transforme em política de Estado, pois toda e qualquer iniciativa individual falha em atingir o objetivo principal. Então é isso que queremos. O deputado concluiu: “A audiência pública nos ajuda a trazer outros atores que conhecem o assunto para cá, para que possamos finalmente reunir ideias e criar um projeto único”.

A preponente da audiência, deputada Flávia Francischini, descreveu a emoção de falar, não só como parlamentar, mas como mãe de autista. “Hoje tem aqui representantes do Poder Legislativo, do Poder Executivo e do Poder Judiciário. A sociedade civil, todo mundo junto por uma causa que antes era tão desconhecida e que hoje está cada vez mais sendo mostrada. Isso é muito importante, todo mundo querendo aprender o mundo. A sociedade querendo conhecer, aprender, respeitar e viver com eles. Qualquer um pode ter um filho, um neto, um primo autista. Então, é a necessidade de que a gente aprenda, que a sociedade aprenda, mostrando que quer ser mais cidadã, que quer incluir sim, isso é importante”.

O desembargador Wellinton Emanuel Coimbra de Moura, presidente do Tribunal Eleitoral do Paraná, afirmou que “o Tribunal da Democracia e da cidadania não poderia deixar de participar de um evento onde se busca a inclusão de todos, sejam eles os autistas, sejam eles os idosos, sejam eles os jovens, e todos aqueles que necessitam estar dentro da sociedade. É por isso que fazemos questão de participar. Importante estar discutindo políticas públicas, colocando temas sempre em pauta. Sem sombra de dúvida, penso que por mais que já fizemos, nós temos que fazer muito mais para um país melhor”.

O secretário de Estado da Justiça e Cidadania, Santin Roveda, enfatizou que “uma pauta tão importante, que é o espectro autista, que é a criança, o adolescente, o adulto, o idoso que tem autismo, que convive na sociedade em diferentes níveis, mas colocar na pauta do legislativo, mostrando que como as APAEs hoje em dia tem muita força, tem força política, força financeira, tem seu fundo, tem uma das estruturas. Então a minha presença aqui como secretário de justiça e cidadania é representando o nosso governador Carlos Massa Ratinho Júnior e fortalecendo ainda mais essa pauta, esse assunto tão relevante para o estado do Paraná’.

Convidada para palestrar, a psicóloga e diretora de uma clínica em Curitiba, Maria Helena Jansen, explicou que houve um aumento na incidência de casos de autismo nos últimos anos, há um caso a cada às seis crianças. “Nós precisamos cuidar dos autistas e das famílias, e principalmente da inclusão deles na sociedade. As necessidades são muitas. Muitos autistas têm excelentes habilidades, potencial altíssimo, mas têm dificuldade no trabalho, pelas suas características, esse é o cuidado que precisamos ter”.

Dados

A Organização Mundial da Saúde estima que há 70 milhões de pessoas com autismo em todo o mundo, sendo dois milhões no Brasil. Sendo que uma em cada 88 crianças apresentam sinais do transtorno. Em 2019, ano anterior a pandemia, números mostram que no Paraná existem mais de 100 mil crianças autistas, cerca de 0,96% da população.

Como identificar:

Dificuldade em manter contato visual

Movimentos repetitivos

Sensibilidade a alguns sons

Dificuldade de socialização

Alteração nas funções motoras

Demora ou incapacidade de desenvolver a fala

Problemas com autonomia

Preferência por determinadas comidas

Dificuldade de concentração

Dificuldade com a mudança de rotina

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