segunda-feira, abril 29, 2024
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Ventos de mudança derrubam políticos de Londrina

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Cláudio Osti, do Paçoca com Cebola, conta que nunca dá pra dizer que a carreira do político X ou Y acabou. Há casos incontáveis de políticos, tidos como acabados, que voltaram ao cenário.

Ontem me mandaram uma pequena lista de políticos da cidade que não foram bem na eleição de domingo.

O mais emblemático é o de Alvaro Fernandes Dias, que perdeu a eleição para Sérgio Moro e, em dezembro, encerra, pelo menos por enquanto, a sua longa trajetória no Senado.

Alvaro Dias entrou na política no final dos anos 1960. Faz algum tempo, como você pode ver. Nestes mais de 50 anos de estrada, em apenas breves momentos ficou sem cargo político. Foi vereador de Londrina, deputado estadual, deputado federal, governador e Senador. E ainda concorreu à presidência da República. Apostou no seu poder de articulação para vencer as eleições. Tentou de tudo para limpar a área e correr tranquilo no percurso para voltar ao Senado. Foi surpreendido na reta final e ficou em terceiro lugar. Atropelado pelo seu afilhado político, Sérgio Moro e pelo deputado Paulo Martins.

Talvez segundo nome mais conhecido da lista seja mesmo o de Alex Canziani, ex-deputado federal por 5 mandatos. Na campanha anterior ele concorreu ao Senado e abriu espaço para que a filha Luisa saísse candidata a deputada federal, obviamente, usando toda a máquina política do pai que sempre foi eficiente. Ela elegeu-se com mais de 90 mil votos. Agora reelegeu-se com 74 mil.

O pai Canziani optou por ser candidato a deputado estadual. Para isso, virou secretário da prefeitura de Londrina por um ano e meio com o objetivo de ganhar visibilidade.

Reconhecido como parlamentar que fomentou a educação no Paraná, nas contas da equipe de Canziani, ele faria, por baixo, uns 80 mil votos. A eleição era tida como certa. Não foi. Fez 28.652 e ficou fora.

Luiz Carlos Hauly, que dizia estar aposentado da política e só aceitaria ser candidato a Papa, decidiu, na última hora, ingressar no Podemos e concorrer mais uma vez à Câmara Federal. Apostava em Deltan Dellagnol, o ex-promotor da Lava Jato, que seria o puxador de votos. E foi. Dallagnol fez mais de 340 mil votos. Com essa votação poderia puxar Hauly.

Considerado por duas décadas um dos mais importantes políticos que esta terra vermelha já produziu Hauly apostou no recall do seu nome. Não deu. Fez menos de 12 mil votos, insuficientes para a carona que desejava pegar  na votação do ex-promotor.

O ex-prefeito Homero Barbosa Neto, que desde quando teve seu mandato cassado pela Câmara de Londrina tem tentado retornar à política, ficou pelo caminho mais uma vez. Fez 11.206 votos.

Dos deputados estaduais da cidade, o único que não se elegeu foi Matheus Petriv, que usa o codinome Boca Aberta Jr. apostou no nome de guerra usado pela família que havia lhe garantido a primeira eleição. Em Londrina fez 8.612 votos. Na soma geral, 17.232. insuficiente para manter o cargo na Assembleia.

Não dá pra dizer que todos os citados estão fora do jogo político. Mas é certo que é preciso avaliar se a atuação deles tem vindo de encontro com o que deseja o eleitor.

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