terça-feira, abril 30, 2024
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Luiz Andrioli e Henrique Rodrigues discutem a manipulação genética da narrativa “Às vezes, aos domingos”

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Luiz Andrioli e Henrique Rodrigues vão esquentar a temperatura do próximo domingo, 15 de maio, discutindo a partir das 17 horas o romance brasileiro contemporâneo na 25.ª edição de “Às vezes, aos domingos”.

Sem mediador, eles vão se entrevistar e ainda ler narrativas.

O encontro será transmitido, ao vivo, pelo canal do YouTube Às vezes, aos domingos.

O curitibano Luiz Andrioli acaba de publicar o seu sexto livro, Notícia de um Naufrágio, romance contemplado no edital Outras Palavras (2020), do Governo do Paraná, com recursos da Lei Aldir Blanc.

Inspirado em seu próprio percurso, Andrioli criou uma trama ficcional que apresenta a trajetória de um personagem chamado Luiz que, a exemplo do autor, tem passagem pelo jornalismo de televisão – há, por exemplo, menções ao acidente com o navio Vicuña, que em 2004 provocou o maior vazamento de óleo e consequente desastre ambiental da Baía de Paranaguá, além de outras referências paranaenses e, vale ressaltar, trata-se de um romance de formação.

Já o carioca Henrique Rodrigues é autor de 20 obras, entre autorais, como os poemas de A musa diluída (2006), e as que organizou, por exemplo, O livro branco: 20 contos inspirados em músicas dos Beatles (2012). Mas um dos destaques da produção dele é o romance O próximo da fila (2015).

A exemplo da obra de Andrioli, a longa narrativa de Rodrigues também é um romance de formação. O próximo da fila coloca em cena um personagem que fica órfão de pai e precisa ajudar nas despesas de sua casa. Ele consegue uma vaga em uma lanchonete, franquia de uma multinacional, espaço em que vai enfrentar uma transformação irreversível.

Veredas contemporâneas

Os dois autores também devem falar a respeito de seus projetos recentes. Luiz Andrioli diz ter mais uma longa narrativa finalizada e ainda um livro de contos em processo. No momento, porém, informa que investe esforços para o crescimento de sua empresa, a Prosa Nova EduCultTech.

“Além de editora, ela também atua na produção cultural, na educação e oferece alguns cursos próprios. Os últimos anos, em especial os de pandemia, têm nos exigido constantes reinvenções e novas maneiras de trabalhar, o que tem sido muito bom e desafiador, tanto quanto a literatura”, afirma Andrioli.

O agitador cultural carioca Henrique Rodrigues, por sua vez, tem como uma de suas atividades prioritárias conversar com alunos em escolas e colégios, estabelecendo diálogos e fomentando a leitura.

“Apesar de não ser autor de editoras didáticas (Moderna, SM, Ática etc), tenho livros trabalhados em escolas. Sempre gostei muito de estar nesses lugares, especialmente as escolas públicas, que é de onde eu venho”, comenta.

Rodrigues, aliás, ganhou o que considera o maior prêmio que poderia receber como escritor: as duas escolas públicas onde estudou, no Rio de Janeiro, alteraram os nomes das suas salas de leitura, onde agora ele é o patrono.

“A presença de escritores e artistas em geral nas escolas pode contribuir muito para a diminuição das nossas desigualdades sociais, uma vez que esse processo pode se somar ao trabalho pedagógico de ampliar o olhar da garotada para o mundo”, analisa.

De acordo com Henrique, temos um histórico bem ruim no ensino de literatura, o que é uma das causas dos nossos baixíssimos índices de leitura. “Então trabalhar nessa base, junto a alunos e professores, é uma grande frente na qual todos os escritores poderiam (ou deveriam) se engajar”, afirma.

Mapeamento poético e literário

“Às vezes, aos domingos” surgiu em julho de 2020 com a finalidade de criar palco virtual para autores paranaenses – naquele contexto a pandemia inviabilizava a realização de eventos presenciais.

Mais de 30 convidados de todas as regiões do Paraná participaram da primeira fase do projeto – o que faz de “Às vezes, aos domingos” uma ação pioneira no Estado.

Até novembro de 2021, a cada mês dois autores, ou autoras, paranaenses se entrevistavam, sem mediador(a), em encontros veiculados no Instagram.

A partir de dezembro do ano passado, os bate-papos passaram a ser transmitidos no canal do YouTube Às vezes, aos domingos, com um autor ou autora paranaense e um autor ou autora de outro Estado brasileiro.

“Isso amplia o diálogo, ultrapassando fronteiras e contempla mais vozes literárias e poéticas do Brasil, sempre com uma presença paranaense”, dizem os curadores da proposta, Guido Viaro e Marcio Renato dos Santos.

Soma de Ideias, Coalhada Artesanal Preciosa e Tulipas Negras apoiam a iniciativa. Mais informações em tulipasnegraseditora.blogspot.com

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