A cada ‘lockdown’, Greca quer a Guarda Municipal em frente ao prédio dele

O jornalista político Aroldo Murá conta que Dona Matilde da Luz, nossa repórter amadora, garante: o prefeito Rafael Valdomiro Greca de Macedo anda com medo dos comerciantes de Curitiba. Desde que começou a aplicar uma série de medidas restritivas, que estão provocando a quebra do comércio curitibano, Greca ordenou a manutenção de uma viatura em frente ao seu prédio, que fica nas esquinas da ruas Coronel Dulcídio com Vicente Machado.

A viatura, com as luzes ligadas, fica parada no posto de gasolina defronte ao prédio do prefeito. Em geral, com dois fortes e intimidadores guardas municipais que ficam em alerta para coibir qualquer manifestação contrária ao prefeito. Quando se noticiam esses exageros, é inevitável lembrar o comportamento de administradores públicos de alto nível, como Ângela Merkel, da Alemanha. Essa mulher fantástica cozinha sua própria alimentação, em casa, quase sempre, com o auxílio do marido. E também cuida da lavagem das roupas da família…

 MEDO SEM LIMITES

A paúra do alcaide é tamanha que os guardas municipais ficam lá 24h e só deixaram de fazer ronda para o prefeito quando ele esteve internado no hospital, após um AVC. A vigilância e proteção, a partir do posto, feitas às custas dos cofres públicos, acontecem desde novembro passado.

Se levarmos em conta que o mercado privado paga até R$ 7 mil por profissional armado para ficar em frente de imóvel, 24h por dia; e que a Prefeitura cede 2 guardas em 3 turnos, a estimativa é que Greca tenha custado, em 110 dias, contados de novembro a maio deste ano, e R$ 1,5 milhões. Isso sem contar obrigações sociais…e horas extras.

PARA INGLÊS VER

Repetindo sempre, estar “a favor da população, contra a Covid”, o prefeito por diversas vezes, engalfinhou-se com empresários, defendendo o fechamento do comércio. Contra aglomerações. Tudo pura encenação, como observa OM, da Associação Comercial do Paraná, que pede anonimato, “pois já fui vítima das vendetas do alcaide e da Aranha Marrom,” ao bradar:

– Na verdade, isso é só hipocrisia do Greca que, enquanto corta empregos e coloca o comércio de portas fechadas, ou em falência, ele mesmo promove uma enorme aglomeração. Tal como aquela que promoveu no final de semana no Memorial Paranista, para celebrar mensagem paranista de Turin. Trezentas pessoas lá se aglomeraram, os vídeos não desmentem. Um escândalo que fere a lógica e ao próprio espírito paranista.

ILÓGICAS BANDEIRAS

Desde antes do Natal, Greca tem se estranhado com os comerciantes curitibanos. Já afrontou o presidente da Associação Comercial do Paraná, Camilo Turmina, que questiona a lógica das bandeiras restritivas de Curitiba. Inclusive a ACP já se ofereceu para ajudar a Prefeitura a criar modelos que reduzam o número de trabalhadores, que hoje vão trabalhar “empilhados” nos parcos ônibus.

Dono da razão, Rafael Valdomiro Greca está dando de ombro para os comerciantes, mesmo sabendo que a arrecadação caiu muito. Os números indicadores dessa queda serão mostrados por Vitor Pupi em audiência na Câmara Municipal.

A queixa dos comerciantes, sejam aqueles ligados a ACP ou a Fecomercio, é que a Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde não dialogam. Para o setor, a briga em Curitiba é mais difícil de reverter.

Já com o governo estadual a queixa é menor, pela sensibilidade do governador Ratinho Junior. Mas a turma dos comerciantes “ já desistiu de pedir ajuda ao vice-governador Darci Piana, que não tem se manifestado em favor do setor”,, como adiciona o informante OM, da ACP.

Por fim, é bom assinalar que esse comportamento contraditório do Greca – o de promover festanças com aglomerações – , coloica por terra uma das mensagens mais “saltitantes” do alcaide, que assim de autolouva, dizendo como estaria administrando Curitiba: -Assim trabalhamos para que Curitiba continue sendo esta cidade bem cuidadinha…