* Ney Leprevost
Esta semana as imagens que emocionaram o mundo foram as dos idosos tomando a vacina contra a Covid 19. Elas não vieram dos Estados Unidos, da China ou da Rússia.
O fato está acontecendo no Reino Unido, conhecido pela sua moderação política e pela competência governamental.
A vacina, que por enquanto não deve ser usada por pessoas com grave histórico de alergias, não é de esquerda e nem de direita. É da Pfizer, indústria farmacêutica conhecida por operar verdadeiros “milagres”.
Como, por exemplo, a volta da vida sexual de milhares de idosos através do seu produto mais famoso: o Viagra. Tenho muita esperança nesta vacina da Pfizer. Afinal, a empresa tem um sólido nome a zelar, não brinca em serviço e milhões de euros estão em jogo.
O fato do Reino Unido sair na frente, não surpreende.
Os britânicos sempre foram inovadores e, ao vencerem as duas Grandes Guerras mundiais, já provaram que são um povo com extrema resiliência.
A política lá é parlamentarista. Quem toca o governo é o 1º ministro auxiliado por outros ministros. Em sua maioria, eles são oriundos da Câmara dos Comuns(o equivalente a Câmara Federal no Brasil).
Um ministério constituído de políticos tem mostrado muito eficácia ao longo da história do Reino Unido. Afinal, como estão sempre disputando eleições, eles tem que mostrar serviço na marra. Caso contrário, são excluídos da vida pública.
A rainha exerce um poder apenas simbólico e moderador. Aliás, que mulher extraordinária é a idosa e forte rainha da Inglaterra.
O sistema de saúde deles é, provavelmente, o melhor do mundo.
O Reino Unido não perde tempo com picuinhas. A única distração leviana do seu meio político sãos os tabloides sensacionalistas que ganham dinheiro invadindo a privacidade da família real que, aliás, parece existir também para divertir a platéia enquanto os ministros trabalham.
O atual 1º ministro Boris Johnson é do partido Conservador; assim como foi seu ídolo Churchill.
Na Inglaterra, Conservador tem C maiúsculo e é sinônimo de eficiência. E tem que ser humano e solidário. Dialogar com os que pensam diferente.
Senão cai em desgraça como aconteceu com a ultra dedicada senhora Thatcher. (Bem diferente da “direitopatia” populista que é proliferada através das redes sociais nos países em desenvolvimento).
Churchill entrou para a história como um político competente, carismático e pragmático que fez aliança até com Stálin pra derrotar a excrescência nazista de Hitler e salvar o mundo ocidental na 2º Guerra Mundial. É considerado um dos maiores estadistas da história.
Boris Johnson pela coragem e por apostar forte suas fichas na ciência contra a Covid 19, corre o sério risco de ter seu nome inscrito entre os heróis da humanidade ao lado de Churchill.
Cada líder escolhe o legado que quer deixar e luta por ele.
Que Deus dê ao mundo mais estadistas que tenham a vaidade de querer estar entre os grandes benfeitores do planeta!
(*) Ney Leprevost Deputado Federal, é Secretário de Estado da Justiça Família e Trabalho do Paraná.