Segundo o site da Gazeta do Povo, uma onda de denúncias contra vereadores, por supostamente ficar com parte do salário de funcionários comissionados do gabinete, tomou conta da Câmara Municipal de Curitiba, após a prisão de Fabiane Rosa (PSD): agora são citados Geovane Fernandes (Patriotas) e Rogério Campos (PSD). Antes, Katia Ditrich (SD) e Thiago Ferro (PSC) já haviam sido denunciados por “rachadinha”. Todos negam qualquer irregularidade.
Conforme divulgado pelo Paraná TV 2.ª Edição, da RPCTV, as duas novas acusações já estão sendo investigadas pela Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público do Ministério Público Estadual (MP-PR) e correm sob sigilo. Nos dois casos, a Câmara já encaminhou os documentos solicitados pelo órgão. Nenhuma das denúncias, porém, foi formalizada na própria Casa.
Um ex-assessor de Campos, que atuou no gabinete do vereador por cerca de um ano, relatou que ele e outros funcionários devolviam de R$ 1,5 mil a R$ 1,8 mil. “O chefe e dois assessores próximos ao vereador… eles sentavam e [diziam] ‘hoje temos que recolher tanto dos assessores’. Às vezes até passava da quantia que foi combinada lá no início.”
Um ex-funcionário de Fernandes disse, sem se identificar, que devolveu parte do salário ao parlamentar durante três meses.
Sobre Ferro (PSC), existe a denúncia de se apropriar de parte do salário de três ex-funcionários durante o governo Beto Richa, antes de se tornar vereador. O caso é investigado pela Corregedoria da Câmara.
Em relação à vereadora Katia Dittrich, conhecida como “Kátia dos Animais de Rua”, pesa a acusação de pedir valores de R$ 1,5 mil a R$ 5 mil a pelo menos seis ex-assessores. Já há uma Comissão Processante instalada contra ela na Casa, que tem até o dia 6 de setembro para apresentar defesa.
Em 2017, o pastor Osias Moraes, do Republicanos, também foi investigado sobre apropriação de salários de funcionários.