* José Carlos Chicarelli
Pode parecer alarmista o título, mas vivemos um momento de preocupação em face da chegada de uma gripe viral, o covid-19 ou simplesmente no termo popular, o coronavírus.
Como há uma grande circulação de passageiros no transporte, está mais do que na hora do prefeito Rafael Greca (DEM) fazer a concessionária a assumir o papel social e tomar decisões limitando o número de passageiros em cada ônibus circulando pela cidade e obrigar a manter o número de carros para evitar lotações.
De nada adianta a classe trabalhadora, como funcionários públicos essenciais, garis, confeiteiros, padeiros, estoquistas, caixas de supermercados, açougueiros, balconistas, motoristas e cobradores irem para trabalhar em ônibus lotados, com risco de serem contaminados e de passarem o vírus para frente.
Concordo que o transporte precisa funcionar para evitar a paralisação dos setores essências para a população, mas não da forma como está sendo conduzido o processo: sem o respeito, com a diminuição da frota e sem a higienização necessária para continuidade do serviço.
Com a fome do lucro das empresas, o cidadão curitibano está no grupo de risco para ter o coronavírus.
Nas conversas com amigos, descobri que o covid-19 levou um médico, vizinho do ex-vereador Mário Celso Cunha, morador do Batel, à UTI.
O vírus não está alojado apenas no Batel, um parente de um paciente meu, do Sítio Cercado, também foi diagnosticado com a gripe chinesa.
Por esse motivo, o poder público precisa se preocupar com o usuário, mostrar ao país que é realmente referência e tomar medidas de controle da pandemia do coronavírus no transporte coletivo.
Bons exemplos são cidades como o Rio de Janeiro e Maceió, onde os prefeitos não se omitiram e restringiram o número de passageiros dos ônibus ao número de assentos.
Hoje, o transporte público em Curitiba, é de exemplos a não serem seguidos: o número de ônibus foi reduzido, acarretando em espera de até 42 minutos no Terminal do Fazendinha, na última sexta-feira, deixando a cabeça o usuário, preocupado com o avanço da doença e o mundo deles de cabeça para baixo.
Esqueceram de avisar a URBS que pode sim diminuir o número de passageiros embarcados, mas jamais diminuir o número de ônibus, como aconteceu na sexta-feira, pois a lotação cria um caminho para a transmissão comunitária.
O que parece, enquanto o cidadão e parte do comércio fazem a parte deles para evitar o colapso na saúde, a URBS permite que as empresas continuem tendo lucro neste momento de crise, enquanto comerciantes e prestadores de serviços são assombrados pela decadência da economia curitibana e o perigo da falência.
José Carlos Chicarelli é ex-vereador e criador da CPI da Urbs/Transporte Coletivo
É verdade. A gente fica encostando a mão naqueles ferros e levando espirros.
Chamem a polícia
A Urbs precisa pensar na população prefeito. Não nos empresários.
Show de reportagem PARABÉNS ao blog
URBS NÃO errem tanto o povo nao merece
Acorda Greca!!!!