sexta-feira, março 29, 2024
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URBS favorece a transmissão do coronavírus nos ônibus

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* José Carlos Chicarelli

Pode parecer alarmista o título, mas vivemos um momento de preocupação em face da chegada de uma gripe viral, o covid-19 ou simplesmente no termo popular, o coronavírus.

Como há uma grande circulação de passageiros no transporte, está mais do que na hora do prefeito Rafael Greca (DEM) fazer a concessionária a assumir o papel social e tomar decisões limitando o número de passageiros em cada ônibus circulando pela cidade e obrigar a manter o número de carros para evitar lotações.

De nada adianta a classe trabalhadora, como funcionários públicos essenciais, garis, confeiteiros, padeiros, estoquistas, caixas de supermercados, açougueiros, balconistas, motoristas e cobradores irem para trabalhar em ônibus lotados, com risco de serem contaminados e de passarem o vírus para frente.

Concordo que o transporte precisa funcionar para evitar a paralisação dos setores essências para a população, mas não da forma como está sendo conduzido o processo: sem o respeito, com a diminuição da frota e sem a higienização necessária para continuidade do serviço.

Com a fome do lucro das empresas, o cidadão curitibano está no grupo de risco para ter o coronavírus.

Nas conversas com amigos, descobri que o covid-19 levou um médico, vizinho do ex-vereador Mário Celso Cunha, morador do  Batel, à UTI.

O vírus não está alojado apenas no Batel, um parente de um paciente meu, do Sítio Cercado, também foi diagnosticado com a gripe chinesa.

Por esse motivo, o poder público precisa se preocupar com o usuário, mostrar ao país que é realmente referência e tomar medidas de controle da pandemia do coronavírus no transporte coletivo.

Bons exemplos são cidades como o Rio de Janeiro e Maceió, onde os prefeitos não se omitiram e restringiram o número de passageiros dos ônibus ao número de assentos.

Hoje, o transporte público em Curitiba, é de exemplos a não serem seguidos: o número de ônibus foi reduzido, acarretando em espera de até 42 minutos no Terminal do Fazendinha, na última sexta-feira, deixando a cabeça o usuário, preocupado com o avanço da doença e o mundo deles de cabeça para baixo.

Esqueceram de avisar a URBS que pode sim diminuir o número de passageiros embarcados, mas jamais diminuir o número de ônibus, como aconteceu na sexta-feira, pois a lotação cria um caminho para a transmissão comunitária.

O que parece, enquanto o cidadão e parte do comércio fazem a parte deles para evitar o colapso na saúde, a URBS permite que as empresas continuem tendo lucro neste momento de crise, enquanto comerciantes e prestadores de serviços são assombrados pela decadência da economia curitibana e o perigo da falência.

José Carlos Chicarelli é ex-vereador e criador da CPI da Urbs/Transporte Coletivo

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