segunda-feira, abril 29, 2024
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InícioPolítica ParanáO bafão sobre os imóveis da Sanbra/Bunge, em Maringá

O bafão sobre os imóveis da Sanbra/Bunge, em Maringá

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O jornalista Angelo Rigon, do famoso Maringá News, informa que uma disputa judicial que dura 21 anos em torno de imóveis que somam 7,5 alqueires, na Zona 10, em Maringá, caminha para a resolução. O caso envolve o deputado federal licenciado Ricardo Barros (PP), secretário de Indústria, Comércio e Serviços do Paraná, citado como sócio oculto da empresa que quer os imóveis, que abrigaram a antiga Sanbra e tem valor superior a R$ 400 milhões. Seu nome aparece em documento datado de 2013, mas que não integra o processo.

Na semana passada, a empresa MHA Incorporações Imobiliária (sic) se habilitou no inventário do empresário Juarez Artur Arantes, que adquiriu os imóveis em 2003, cobrando o pagamento de IPTU, o que, em tese, significa admitir que os imóveis pertencem mesmo ao espólio.

Juarez, considerado um dos homens mais ricos de Maringá, morreu em 2022 e para tratar da questão dos imóveis da antiga Sanbra, comprados pela Bunge e vendidos a Juarez, havia nomeado em 2019 como responsável o empresário Devanir Almenara, que, com o apoio de Juarezinho, que defende o patrimônio deixado pelo pai, tratou do assunto dias atrás diretamente com a direção da empresa, que já reconheceu em documentos que os imóveis pertencem a Juarez Artur Arantes.

A manifestação da multinacional Bunge, uma das principais empresas de agronegócio e alimentos do Brasil e uma das maiores exportadoras do mundo, deve colocar fim ao impasse criado por terceiros de má-fé.

O caso já teve idas e vindas na justiça ao lado de duas décadas, com a inclusão de terceiros de má-fé e acusação de fraude e até utilização da máquina pública. Os imóveis de Juarez Arantes, que ficam na antiga avenida Monlevade (hoje, avenida Reitor Rodolfo Purpur), sempre foram objeto de Barros, que também estava interessado em imóveis de Juarez da Avenida Monteiro Lobato, tendo participado de leilão que acabou anulado.

Segundo Angelo Rigo, quando Silvio Barros II era prefeito, desapropriou os imóveis de Juarez na avenida Monlevade, mas não houve pagamento; desta forma, os imóveis voltaram ao verdadeiro dono, Juarez Artur Arantes.

Em 3 de fevereiro de 2006 o então prefeito Silvio Barros II (PP) assinou o decreto 113/2006, desapropriando os imóveis que somam 172.496 metros quadrados, com a justificativa de que ali seriam construídos edifícios públicos, empreendimentos residenciais e comerciais, “para melhor utilização das funções social e econômica da área e seu entorno”.

A avenida Monlevade chegou a ser fechada pela prefeitura durante meses com tubos de concreto, sem motivo aparente, o que foi considerada uma tentativa de desvalorizar a área. A avenida somente foi reaberta com a intervenção do Ministério Público Estadual, já na gestão Carlos Roberto Pupin.

“Silvio mandou colocar os tubos para impedir a passagem de veículos e pessoas para forçar Juarez a vender os imóveis”, diz Devanir Almenara, que levou a situação aos promotores de justiça e hoje continua empenhado em esclarecer toda a verdade dos fatos.

Ricardo Barros criou, em 2016, uma empresa em sociedade com Maurício Lopes (que já havia trabalhado com Juarez) e seu assessor José Adriano da Silva Dias, com o nome da própria avenida onde ficam os imóveis de Juarez, a Monlevade Incorporações Imobiliárias Ltda.; apesar do nome, a sede da empresa é na avenida Prudente de Morais, 740, em propriedade de Barros, quando ocorreu a ação anulatória, em prazo que não caberia (decadência). Maurício Lopes é parte de ação que tramita na 1ª Vara Cível (nº 0028630.67.2018.8.16.0017), em que está sendo acusado de práticas abusivas.

Marcelo Rodrigues de Oliveira, da Ciapetro, de Cianorte, adquiriu posteriormente o processo judicial usando a MHA Incorporações Imobiliária Ltda. (sic). Em dezembro de 2019, a empresa entrou no processo de nº 0005310.42.2005.8.16.0017 na 2ª Vara Cível, através de um termo de direitos e obrigações, assinado por um ex-funcionário da multinacional, sem juntar procuração da Bunge, sem valor e autorizando aos advogados que somente pudessem receber intimações e publicações. Juarezinho, que busca justiça em relação aos imóveis que pertencem ao seu pai, considera que houve fraude e que Ricardo Barros seria sócio oculto na MHA.

O ingresso no inventário, realizado na semana passada, é uma espécie de confirmação de que os imóveis sempre pertenceram a Juarez Arantes e uma tentativa de golpe contra os herdeiros.

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