A falta de representatividade de alguns setores da sociedade civil organizada em diversas cidades do Paraná está levando a uma mobilização pelo aumento de vagas nas Câmaras Municipais, a lebre foi levantada após a casa legislativa de Cascavel aumentar o número de vereadores de 21 para 23 cadeiras a partir da eleição de 2024.
Os vereadores da Câmara de Curitiba estão conversando sobre o assunto, mas o presidente Tico Kuzma (Pros) resiste a ideia de levar a iniciativa ao plenário, já que a proposta deve ser protocolada pela Mesa Diretora e comunicada ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná do aumento de 38 para 41 cadeiras.
A Câmara de Maringá é outro legislativo que o número de cadeiras pode crescer, hoje tem apenas 15 e pode ter até 23 por ter uma população entre 300 a 450 mil habitantes, segundo a legislação eleitoral.
O upgrade no número de vereadores com certeza vai contribuir para o surgimento de novas lideranças para algum momento ocuparem o protagonismo político.
Na maioria das cidades paranaenses, há um engessamento para evitar o aumento da representatividade, em parte pela mídia tradicional, que adota um discurso de austeridade, mas loucos para obterem verbas públicas de publicidade.
A limitação do número de vereadores é benéfica para os candidatos milionários, há histórias e histórias sobre os gastos dos ricos candidatos, um filho de um ex-governador do Paraná teria gasto há alguns anos R$ 1,5 milhão para se eleger, quando o limite de gastos era de aproximadamente R$ 540 mil.
Segundo o jornalista Angelo Rigon, do Maringá News, o “atual sistema, quem tem mais dinheiro, vindo geralmente de apoio segmentado (industrial e empresarial, de forma especial), aumenta a possibilidade de uma maior participação da plutocracia e a redução de representantes da periferia”.
