Greca vai torrar R$ 5 milhões do cofre público para proteção de seu prédio

O jornalista Aroldo Murá conta que a bancada da oposição na Câmara Municipal de Curitiba já tem uma estimativa de quanto o prefeito Rafael Greca deverá gastar neste ano em segurança particular. Segundo levantamento, que leva em conta salários pagos pela Prefeitura, horas extras, desvio de funções e gastos com combustível, o prefeito terá torrado R$5 milhões para ter uma equipe especial, custeada com dinheiro público, que o defende contra a população curitibana. O dossiê da oposição aponta que Greca tira guardas municipais da rua para proteger seu patrimônio pessoal e fazer segurança particular.

Ao invés de se ter um guarda municipal em escolas, creches ou unidade de saúde, Greca retira diariamente 14 profissionais da segurança para escoltá-lo ou cuidar de seu apartamento e outros imóveis particulares. Em 2020, foram mais de 200 casos de invasões de equipamentos públicos, onde foram roubados equipamentos públicos ou houve vandalismo.

MINHA GUARDA

Desde seu primeiro mandato, entre os anos de 1993 a 1996, o prefeito mantém uma triste mania: fazer da Guarda Municipal um instrumento particular de proteção.

Em 2017, repetiu o mesmo modelo e colocou agentes da segurança entre a sua entourage que o seguem em todos os eventos, a todos os horários e o servem também na sua chácara São Rafael das Laranjeiras, que fica em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Onde vai o prefeito leva cinco seguranças, que o seguem em veículos pagos pela Cotrans, percorrendo a cidade em alta velocidade e, muitas vezes, desrespeitando as regras de trânsito.

O custo mensal dessa equipe é de cerca de R$ 75 mil, sem contar os valores pagos com férias, 13º salários e abonos. São mais de R$ 1 milhão em salários e benefícios, valor que se soma a locação de veículos e combustível, totalizando mais de R$ 1,7 milhão. Ademais desses seguranças, Greca montou uma equipe especial que protege sua casa.

Greca ordenou a manutenção de uma viatura em frente ao seu prédio, que fica nas esquinas das ruas Coronel Dulcídio e Vicente Machado. Uma viatura com as luzes ligadas fica parada no posto defronte ao prédio do prefeito. Em geral, dois fortes e intimidadores guardas municipais ficam em alerta para coibir qualquer manifestação contrária ao prefeito.

Se levar em conta que o mercado privado paga até R$ 7 mil por profissional armado para ficar em frente de imóvel, 24h por dia. Para cuidar do prédio, prefeitura cede 2 guardas em 3 turnos. A estimativa é que Greca gaste até o fim do ano R$ 3 milhões com esse esquema especial de proteção a sua casa.

Greca não abre mão da equipe de segurança. Desde o início da pandemia, ele reforçou a segurança. Depois de ter feito tudo errado no fechamento do comércio, o prefeito adquiriu medo dos comerciantes. E por isto aumentou a quantidade de guardas que cuidam dele e seu patrimônio.

EXCESSOS SEM FIM

A avaliação que vereadores da oposição fazem sobre os gastos do alcaide com a sua segurança em Curitiba, e na chamada “Prefeitura II”, a chácara São Rafael, em Piraquara, impressiona. Na verdade, segundo um deles acrescentou à estimativa de custos iniciais citada, os gastos podem chegar a R15 milhões. Ou mais. Isto porque só em Piraquara ficam 3 turmas de guardas e viaturas se revezando na vigilância do patrimônio e da segurança pessoal de Rafael Valdomiro e familiares. Cobertura completa por 24 horas.

Enquanto isso, quem está acostumado a fazer “jogging” ou simplesmente passear pelos Parque – o Barigui, por exemplo – dificilmente verá um guarda.

Por outro lado, Greca vai pavimentando seu futuro – ou, pelo menos, assim pensa: vai distribuindo comendas a desafetos do governador Ratinho Junior, o ex-governador Roberto Requião, o desbocado político que não mais cabe no MDB, o qual chama o governador de “Rato”. A comenda, curiosamente, é da Guarda Municipal de Curitiba. Com ela Greca selou a reconciliação com RR, de cujo aprisco havia se afastado, acusado de traição.