Ângelo Rigon informa que o novo bolsonarista da área, o maringaense Ricardo Barros (PP) justifica o apelido de “Leitão vesgo” e a fama de office-boy de luxo do governo de plantão, de FHC a Dilma, passando por Lula. Em entrevista à Rádio Eldorado, de São Paulo, hoje ele defendeu a distribuição de cargos no governo para azeitar a articulação no Congresso Nacional. Foi justamente o discurso contra esse toma-lá-dá-cá que levou Bolsonaro ao poder.
Barros, que um dia antes de ser indicado como novo líder do governo na Câmara dos Deputados anunciou que conseguiu R$ 400 milhões para o Contorno Sul Metropolitano, disse na entrevista que é preciso “enfrentar a corporação dos servidores públicos” para aprovar a reforma administrativa. No novo cargo, Barros será a ponte entre o Palácio do Planalto e os parlamentares.
De acordo com Barros, a estratégia será direcionar a reforma administrativa para os servidores futuros, retirando os efeitos dos que já estão nomeados e são necessários para os procedimentos nas Casas Legislativas.
“Quem escreve o documento para ser entregue ao Congresso? Servidores públicos. Nenhum papel tramita no governo sem o parecer técnico de um funcionário de carreira e sem o parecer jurídico de um funcionário de carreira. Os cargos comissionados não podem emitir esses pareceres. Então é natural que haja resistência desses funcionários em escrever algo que vai de encontro aos seus interesses”, disse.
Reforma administrativa para futuros servidores tem reflexos nos servidores atuais sim. Para os servidores atuais há o que se chama de paridade em se tratando de aposentadorias. Se não existir mais as carreiras atuais como será tratado essa questão por exemplo? Possivelmente haverá dificuldades na aprovação de reforma administrativa.