sábado, abril 27, 2024
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Precisamos trabalhar por uma Curitiba inteligente e inclusiva

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* Diego Xavier

A pandemia de Covid-19 escancarou os abismos sociais que existem entre as classes. Em especial, que a população mais vulnerável, além de ser a principal a perder renda e emprego, é a que mais sofre com falta de acesso à educação e à informação. Com o ensino remoto, por exemplo, muitas crianças da mesma família que necessitam assistir as aulas, têm acesso por meio de apenas um aparelho e com serviço de internet precário. Esse é um retrato do Brasil do qual Curitiba não está livre.

Pois isso é importante pensar em uma cidade inteligente e, ao mesmo tempo, inclusiva, porque precisa dos dez pilares para assim ser considerada (governança, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, meio-ambiente, conexões internacionais, coesão social, capital humano e a economia), mas também inclusiva pois essas diretrizes precisam olhar para toda a população, em especial as pessoas mais vulneráveis.

Nesse contexto, incluo a população de travestis e transexuais, as pessoas que vivem em comunidades vulneráveis, de baixa renda e imigrantes. E isso deve começar pela educação. Somente com a inclusão nas escolas e, como consequência, nos demais espaços sociais e no trabalho podemos ter, de fato, uma cidade que pode ser também inteligente.

Um dos exemplos é o projeto Transcidadania, adotado pela prefeitura de São Paulo na gestão de Fernando Haddad. É um programa que utiliza o desenvolvimento da educação e promove a reintegração social e o resgate da cidadania para travestis, mulheres transexuais e homens trans em situação de vulnerabilidade. Essa população conta com a possibilidade de concluir o ensino fundamental e médio, ganhar qualificação profissional e desenvolver a prática da cidadania.

Outro exemplo foi recentemente lançado pela UniAraguaia. A instituição de ensino superior firmou convênio com a Aliança Nacional LGBTI+ que abrange ensino, pesquisa e extensão e oferece 100 bolsas integrais em um total de 21 cursos de graduação EaD para a população LGBTI+ em situação de vulnerabilidade, além de 15% de desconto nos cursos de graduação e pós-graduação EaD para membros da Aliança.

São iniciativas que envolvem parcerias e que precisam também ser ampliadas para outras camadas da população mais vulnerável, que vivem sem condições de melhorias e precisa de aperfeiçoamento profissional e educacional para garantia de emprego e renda. Precisamos de uma cidade que queira incluir e não excluir. A pandemia infelizmente escancarou essas mazelas, mas precisamos consertá-las.

* Diego Xavier é jornalista e pré-candidato à Prefeitura de Curitiba pelo PSOL

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