Os deputados estaduais aprovaram na sessão remota desta quarta-feira (17) da Assembleia Legislativa do Paraná o projeto de decreto legislativo 14/2020 que declara o estado de calamidade pública para mais seis cidades do Paraná.
Integram esse projeto as cidades de: Alto Piquiri, Braganey, Guaraqueçaba, Imbaú, Jundiaí do Sul e Prudentópolis. Com isso, o Paraná tem 303 municípios em situação de emergência em virtude dos efeitos causados pela pandemia do coronavírus.
A proposta foi aprovada em dois turnos e está apta para a promulgação pelo presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB).
O reconhecimento do legislativo serve para dispensa do cumprimento de metas fiscais previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (), devendo os procedimentos licitatórios serem respeitados normalmente.
Boletim – Segundo o boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde na quarta-feira (17), o Paraná tem 11.085 casos confirmados e 386 pessoas morreram por causa do novo coronavírus.
Segundo o boletim, 311 cidades paranaenses têm ao menos um caso confirmado de Covid-19. Em 112 municípios há óbitos pela doença.
São 348 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 internados: 243 estão em leitos SUS (113 em UTI e 130 em leitos clínicos/enfermaria) e 105 em leitos da rede particular (38 em UTI e 67 em leitos clínicos/enfermaria). Há outros 893 pacientes em leitos UTI e enfermaria que aguardam resultados de exames. Eles são considerados casos suspeitos de infecção pelo vírus Sars-CoV-2.
Calamidade – O reconhecimento do estado de calamidade pública de um município pela Assembleia Legislativa cumpre o que prevê a Lei Complementar Federal nº 101, de 04 de maio de 2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal. De acordo com os incisos I e II do artigo 65, ficam suspensas as restrições decorrentes de eventual descumprimento aos limites de despesa com pessoal e de dívida consolidada. Da mesma forma, é dispensando o cumprimento de resultados fiscais e a limitação de empenho.
De acordo com o inciso IV do artigo 2º do Decreto federal nº 7.257, de 4 de agosto de 2010, o estado de calamidade pública se caracteriza por “situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento substancial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido”. Ou seja, a ocorrência de situação fora do comum que exija respostas imediatas do poder público e que comprometem a previsão orçamentária.
Orientações – Para que um município tenha reconhecido o decreto de calamidade pública é preciso fazer a solicitação formal ao Poder Legislativo, com justificativa, e comprovar a publicação em Diário Oficial do decreto municipal. A Assembleia Legislativa do Paraná tem orientado prefeitos e suas equipes, que receberam um manual com informações sobre todos os procedimentos necessários.