* José Carlos Chicarelli
Quem circulou de ônibus neste final semana em Curitiba, pelas várias linhas que ligam o centro aos bairros percebeu uma novidade: a ausência de cobradores e com a única possibilidade de pagamento: através do cartão transporte.
As empresas conseguiram amparo legal para a gradual eliminação da função de cobrador no transporte coletivo com ajudinha da maioria dos representantes do povo.
Tudo começou errado, o sindicato da categoria negociou na Justiça do Trabalho uma cláusula na convenção coletiva que abriu brecha para que no ano passado os vereadores, aprovassem por unanimidade, na Câmara Municipal de Curitiba, um projeto de manutenção da função de cobrador do transporte coletivo da cidade por um período maior e um período para a redução do quadro de trabalhadores da categoria, inclusive com apresentação de um substitutivo ao projeto original e voto favorável do vereador representante da categoria na casa de leis.
O resultado nós sabemos: o cidadão aprendeu a utilizar o transporte alternativo, como o Uber, e gostou do serviço confortável, com pouco tempo de espera, embarcando na frente de casa ou do trabalho, e melhor, pagando pouco pela melhoria de qualidade!!!
As mais de trintas linhas que inicialmente retiraram os cobradores, nos finais de semanas e feriados, correspondem as que mais perderam usuários, segundo a Urbs, e teoricamente dão prejuízos ao sistema.
A alegação para a mudança é de que os ônibus transitavam vazios ou com pouquíssimos passageiros pagantes e um número maior de isentos, como os idosos e outras categorias.
Com o fim da função dos cobradores, as empresas vão continuar perdendo passageiros, com o custo da passagem elevado e complicando o embarque dos usuários que não possuem o cartão com créditos, impulsionado ainda mais a busca por veículos de aplicativos.
A remoção dos cobradores trarão ainda outros problemas, como o atendimento aos passageiros vai piorar, pois o cobradores auxiliavam os motoristas, orientando e ajudando os passageiros, em especial cadeirantes e idosos, o que justificaria a manutenção.
Agora, os motoristas vão ser obrigados incorporar outra função além de direção e precisam receber mais por isso.
Poderíamos avançar na ideia de aumentar a oferta de alternativas e uma delas é gerar concorrência entre as empresas e abaixar o custo em pelo menos 70% ou seja, a passagem custando em torno de R$ 1,50, um preço justo.
Entendo que a ideia que todos pagando inicialmente, já que haveria necessidade do subsídio, assusta mas faço uma relação com restaurantes populares da prefeitura, onde todos os curitibanos desembolsam e poucos reclamam,
Hoje nossos impostos pagam para quem não tem condições nenhuma de se alimentar, como moradores de rua, para os deficientes, aposentados, idosos e etc.
Por isso defendo uma tarifa social, como no caso dos restaurantes populares, para estimular os motoristas deixarem os carros nas garagens de casa e usarem o transporte público para diminuição do monóxido de carbono no ar.
Agora quero ver a população entender os motivos da retirada dos cobradores, criando um problema social, como o aumento do desemprego e piora do serviço oferecido aos usuários.
Não vai ser tarefa fácil.
E para aquele cidadão que perguntar a Urbs, de quanto vai ser o corte no valor do preço da passagem com a diminuição do custo da operação, com certeza vai receber uma resposta nada convincente e o sorriso amarelo dos técnicos.
Com o cidadão sem resposta viável, a reação com certeza vai vir no dia da eleição, em quatro de outubro, com a renovação na Câmara Municipal de Curitiba e no Palácio 29 de Março.
José Carlos Chicarelli é ex-vereador e criador da CPI da Urbs/Transporte Coletivo
Os cobradores precisam ser mantidos
Se o lucro está baixo que entreguem a concessão
Mudar o país não é tarefa fácil. Temos muitos socialistas nas assembléias municipais, estaduais e federal (câmara e senado).
O Brasil só vai começar a mudar quando elegermos gente que vote a favor de mudanças radicais em nosso país.
Enquanto o povo eleger petista e seus derivados (socialistas), DEM, PSDBosta, MDB, PP, PSD (Centrão), não sairemos do atraso e apenas nos distanciaremos do primeiro mundo.
Otimo artigo
Esclarecedor
PARABÉNS ao blog do Tupam
lamentável essa atitude do prefeito e empresários eles só tem a perder com um transporte de péssima qualidade quem vai esperar trinta minutos para tomar um ônibus se pôde usar um aplicativo.
A Urbs do Greca vai aumentar o desemprego em Curitiba. Aí ele mostra como odeia pobre.
A Urbs não é do Greca a Urbs é do GG.
Concorrência é a melhor coisa para baratear o preço do transporte coletivo.
Não ouvi rumores de se abaixar o preço da passagem