A montadora alemã vai voltar a produzir na fábrica de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, produção interrompida no fim de 2020, com a crise econômica provocada pela pandemia de coronavírus.
A fábrica paranaense vai produzir os novos Audi Q3 e o Audi Q3 Sportback, com a perspectiva de abertura de aproximadamente 200 empregos diretos e investimentos de R$ 100 milhões.
“É mais uma boa notícia que consolida o cenário de crescimento econômico do Paraná. Ter a Audi em nosso Estado é um grande cartão de visitas, que nos ajuda a atrair novas montadoras de veículos e também empresas parceiras, consolidando nosso parque automotivo como um dos mais importantes do País. Tudo isso, claro, com a geração de emprego e renda”, afirmou Ratinho Junior.
O governador lembrou que o anúncio da Audi reforça um período importante de atração de investimentos no Estado. Na semana passada, disse ele, a Ambev confirmou a construção, em Carambeí, nos Campos Gerais, da maior fábrica do País de garrafas sustentáveis. Nesta quinta-feira (30) a fábrica da ração da Premier começa oficialmente a operar em Porto Amazonas.
“Isso é fruto de muito trabalho e planejamento. Conseguimos ao longo de três anos e meio atrair mais de R$ 120 milhões em investimentos privados. São marcas importantes, como a Audi, que confiaram no Paraná”, disse.
Ele destacou que esse incremento nos negócios fez com que o Paraná alcançasse a marca histórica de mais de 172 mil empregos com carteira assinada abertos ao longo do ano passado. Evolução que se repete em 2022. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na terça-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Previdência, já apontam para a formalização de quase 76 mil vagas em 2022, o melhor desempenho entre os estados do Sul do País.
“O ambiente de paz política no Paraná ajuda nesta atração de investimentos. E esses investimentos se transformam diretamente em empregos, distribuição de renda e no desenvolvimento do nosso Estado”, afirmou o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin. “Como o governador sempre diz: emprego é a melhor ferramenta social que existe”. A agência atua como ponte entre governo e iniciativa privada, auxiliando no levantamento de dados, fornecimento de informações e tomada de decisões estratégicas.
FÁBRICA – Para viabilizar a reinauguração da unidade, explicou o presidente e CEO da montadora, Daniel Rojas, a Audi do Brasil aplicou R$ 100 milhões na modernização da linha de montagem, que ganhou novos maquinários, ferramentais, equipamentos de controle de qualidade e sistemas de tecnologia da informação e infraestrutura logística. Esse montante se soma aos R$ 446 milhões já investidos pela marca desde 2012.
“A Audi tem uma relação sólida e duradoura com o Paraná e Brasil, e mesmo após a interrupção das operações no último ano, sempre acreditamos no potencial de recuperação e crescimento do país. Houve muita união, e uma participação bem importante do Governo do Estado para que esse processo de retomada se consolidasse”, ressaltou.
Inicialmente, a planta terá capacidade produtiva máxima de quatro mil veículos por ano, em dois turnos. Os veículos produzidos serão destinados, inicialmente, apenas ao mercado consumidor interno. Os carros serão montados em regime de Semi Knock Down (SKD), uma alternativa de produção global extremamente eficiente e tecnológica para modelos de baixo volume.
Assim, a produção será realizada em uma linha de montagem exclusiva, a mesma que produziu a geração anterior do SUV até 2019. Os modelos chegarão ao Porto de Paranaguá divididos em conjuntos de peças e partes vindos da fábrica de Györ, na Hungria, para a montagem em solo brasileiro.
CARROS – Os novos Audi Q3 e o Audi Q3 Sportback são equipados com motorização 2.0 litros de 231 cavalos de potência, produzidos com tecnologias inéditas no País como a tração integral quattro e a transmissão tiptronic de oito velocidades, presente pela primeira vez em um veículo com motor transversal. A tecnologia proporciona trocas de marchas mais ágeis e confortáveis.
HISTÓRIA – A fabricação da Audi no Brasil teve início em 1999 com a inauguração da unidade de São José dos Pinhais, onde foram produzidos os Audi A3 de primeira geração nacional até 2006. Em 2012 com a instituição pelo governo federal do Inovar-Auto, Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores, a Audi decidiu produzir no País novamente. Para concretizar a decisão, a empresa investiu cerca de 150 milhões de euros, valor próximo de R$ 446 milhões à época, na unidade paranaense.
A produção teve início em 2015 com o A3 Sedan e, em 2016, passou a montar também o Q3. A fabricação do SUV seguiu até 2019, com o fim do ciclo de vida da geração anterior, enquanto o A3 Sedan foi fabricado até 2020, também com o fim do ciclo de vida da geração. Agora, após um hiato de pouco mais de um ano, a Audi voltará a montar dois modelos na fábrica do Paraná: os novos Audi Q3 e Audi Q3 Sportback.
“Essa retomada teve um empenho muito grande do nosso governador e o apoio do Ministério da Economia para que as empresas voltassem a produzir no País. A Audi leva o nome de São José dos Pinhais, do Paraná e do Brasil para o mundo, um motivo de muito orgulho”, disse a prefeita do município, Nina Singer.
PRESENÇAS – Participaram da cerimônia o vice-governador Darci Piana; o secretário de Estado da Comunicação Social e da Cultura, João Debiasi; o diretor de Assuntos Econômico-Tributário da Secretaria de Estado da Fazenda, Gilberto Calixto; o chefe da Casa Militar, tenente-coronel Sérgio Vieira Benício; o secretário-executivo adjunto do Ministério da Economia, Leonardo Lahud; e o diretor de Assuntos Institucionais, Governamentais e Sustentabilidade da Audi do Brasil, Antonio Calcagnotto.