O candidato a prefeito João Arruda (MDB) alertou sobre os candidatos que dizem representar a nova política, mas que mantêm velhas práticas nos partidos ou na vida pública. João Arruda participou de sabatina do PDU (Partido Democrático Universitário), organização dos estudantes do curso de direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Quando questionado pelo mediador João Andrade sobre fazer parte da ‘velha política’ por já ter sido deputado, o candidato rebateu.
“Não tem sido essa a minha prática. Tanto é que eu vejo muitos candidatos falando da nova política mas que está praticando a velha política, se promovendo em cima de uma campanha eleitoral para ser candidato a deputado, manipulando pesquisas, falando mal dos outros. Para mim isso é velha política”, disse.
Sem citar nomes, João Arruda criticou o uso político da questão do fundo eleitoral e o financiamento público de campanhas, pois o financiamento privado de campanhas muitas vezes significou troca de favores e terminou em escândalos de corrupção.
Velha política – “Não usa dinheiro do fundo de financiamento público de campanha mas se relaciona com empresários, assumindo compromissos na campanha eleitoral, para mim isso é velha política”, pontuou João Arruda.
João Arruda que nova política é ir para disputa eleitoral mesmo em condições desfavoráveis. “A nova política é fazer o que eu fiz em 2018, abri mão completamente do conforto de uma reeleição tranquila para deputado federal, para disputar o governo do estado para enfrentar uma quadrilha que se uniu, retirou candidatos na véspera da eleição para facilitar a eleição da continuidade do governo Beto Richa. Eu disse não a tudo isso” afirmou.
A pressão para retirada de concorrentes à disputa majoritária se repetiu nesta eleição municipal de 2020, já que cinco candidatos desistiram para facilitar a continuidade da atual gestão da prefeitura. “Quando tiraram candidatos ligados ao governo para não haver embate com o atual prefeito, fazendo um acordo já visando 2022, o que é um absurdo. Estão usando a cidade como trampolim para reeleição de um governador ao invés de apresentarem propostas”, completou.