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terça-feira, novembro 26, 2024
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Regras para os pequenos empresários, mas não para o transporte coletivo…

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* José Carlos Chicarelli

A recomendação da Associação Comercial, a permissão da prefeitura para reabertura dos mercados municípios e os discursos dúbios do prefeito Rafael Greca (DEM) fizeram com que os comerciantes gradualmente fossem reabrindo desde a semana passada e, para hoje, projeta-se maior circulação de passageiros nos ônibus de Curitiba e região metropolitana.

O transporte coletivo vai começar a quarta-feira com tabela de horários de domingo e com muitas linhas sem cobradores.

A capital paranaense perderá novamente a oportunidade de ser exemplo para o país de como a URBS e a concessionária se prepararam para enfrentar a pandemia do coronavírus.

Mas tudo converge para o contrário: os motoristas e cobradores não receberam nenhum Equipamento de Proteção individual (EPI), como máscaras de proteção, obrigando-os a comprar no comércio inflacionado, e o plano para evitar a propagação do Covid-19 não existe.

O ambiente para as categorias é ruim: motoristas receberam metade do salário de março, no dia 10 a outra metade e as empresas não pagaram os vales.

Os cobradores também tiveram salários reduzidos e uma parte foi afastada do trabalho, além de serem obrigados a assinar acordos individuais de redução de vencimentos e com grande possibilidades de serem demitidos.

Neste momento de plena retomada do transporte coletivo a cobrança de passagens pelo motorista poderá aumentar a possibilidade de contaminação pelo Covid-19, com o crescimento das filas e aglomeração de passageiros.

A concessionária poderia ter inovado, com cobradores, que além da função atual, poderiam ter sido treinados pelas empresas para fornecimento de álcool gel para os passageiros, para colaborarem na antissepsia dos corrimões, na verificação das janelas para circulação de ar, além de orientar a separação e a utilização dos assentos, exercendo papel fundamental na prevenção do coronavírus .

Neste momento de retomada plena do transporte público, as empresas teriam que investir nos colaboradores, colocar toda a frota a disposição, recuperar os ônibus danificados e se necessário alugar outros, de turismo por exemplo, para atender locais de demanda, tudo para se dar tranquilidade aos passageiros e condições dignas no transporte, com todos sentados e separados, com distância mínima e obrigando a utilização de máscaras e outros assessórios de proteção.

A impressão é de que a URBS ao permitir a circulação de ônibus lotados, dá pouca importância a saúde do passageiro, aumentando o risco de contaminação pelo vírus.

Por outro lado, empresários e pequenos comerciantes que estão com a corda no pescoço, recebem cadernos com regras para manterem as portas abertas e para prevenirem funcionários e consumidores de se contaminarem pelo Covid-19.

Hoje, fica claro a divisão que a prefeitura faz entre os pequenos, médios e grandes empresários.

* José Carlos Chicarelli é ex-vereador e criador da CPI da Urbs/Transporte Coletivo

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8 COMENTÁRIOS

  1. tem um projeto de lei na Câmara para ajudar os empresários dos ônibus em mais de 200 milhões e nada de ajuda aos pequenos absurdo…

  2. Curitiba precisa de um prefeito comprometido com a população, não com os ricos empresários do transporte coletivo.

  3. Meu negócio está afundando nesta crise. Vou ter ajuda como essa turma do transporte. Duvido. Não almoço com o prefeito no Graciosa.

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