quinta-feira, março 27, 2025
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Alunos de escola agrícola que se tornou cooperativa compram granja

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É comum que grandes produtores aproveitem feiras como o Show Rural Coopavel, em Cascavel, no Oeste, para fechar negócios. Afinal, lá são apresentadas as principais novidades do agronegócio com menores custos. Pois nesta edição do evento, em uma iniciativa inédita, alunos do Colégio Florestal Presidente Costa e Silva, de Irati, no Centro-Sul, tanto negociaram que acabaram adquirindo por um preço acessível no valor de R$ 60 mil, com recursos próprios obtidos como cooperativa-escola, uma granja completa para a suinocultura com tecnologia alemã de conforto animal, o primeiro modelo do gênero vendido pela empresa catarinense Sistemilk no Brasil.

A rede estadual de ensino possui 26 colégios, entre agrícolas e florestais, em diferentes regiões do Paraná, ofertando ensino profissional voltado para a prática agropecuária. E foi justamente no Show Rural em 2024 que o governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD) sancionou a Lei Estadual que permitiu a comercialização pelos colégios do excedente da produção das fazendas-escola, como grãos, hortaliças, leite e outros produtos.

A granja possui um moderno sistema tecnológico, composto por estruturas como gaiola, comedouro e escamoteador, material produzido com plástico reciclado, proporcionando bem-estar ao animal mantido em confinamento, com ração balanceada, boas práticas sanitárias e instalações adequadas. Uma espécie de maternidade sustentável para suínos. Especificidade que somente a empresa dispõe.

Antes da Legislação, a produção dos colégios agrícolas e florestais era consumida somente pelos estudantes e não havia uma forma de comercializar o que sobrava. Com a modalidade implantada pelo Governo do Estado cada instituição tem sua própria cooperativa-escola, pessoa jurídica sem fins lucrativos constituída pelos alunos, servidores e professores. O objetivo, segundo a Lei, é a cooperação recíproca de seus associados para promover e estimular o desenvolvimento do cooperativismo com finalidade educativa, por meio de atividades econômicas, sociais e culturais em benefício dos associados e das instituições de ensino.

Na prática, as escolas têm autonomia até para participar de licitações para a compra de produtos, como medicamentos e defensivos, entre outros itens necessários à produção, por exemplo. O dinheiro arrecadado com as vendas dos demais produtos também pode ser reinvestido em melhorias na própria escola. O recurso não pode ser utilizado para o pagamento da folha de funcionários, mas permite a contratação de jovens aprendizes.

Ao longo da feira, os alunos de colégios agrícolas e florestais estão expondo trabalhos que desenvolveram em sala de aula no espaço reservado à Secretaria de Estado da Educação no estande do Sindicato Rural de Cascavel.

Caso de João Victor Lovatel, do Centro Estadual de Educação Profissional Assis Brasil, de Clevelândia, no Sudoeste do Estado. “Nosso grupo foi convidado a apresentar aqui na feira um aviário com cortinas automatizadas e estou muito feliz com a receptividade do público e também por estar aqui nesse evento grandioso”, diz.

Além disso, caravanas com milhares de estudantes de 25 colégios agrícolas e florestais estão desembarcando no Parque Tecnológico da Coopavel para conhecer o que há de mais moderno no setor do agronegócio. “Estou aprendendo muitas coisas novas, de olho nas novidades e no que as empresas podem trazer de melhor para o agronegócio”, observa Matheus Dal Cortivo, do Colégio Estadual de Educação Profissional Machado de Assis, de Nova Aurora, no Oeste.

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