O caso envolvendo o assassinato do vereador eleito João Garré, em Salto do Itararé, Norte Pioneiro do Paraná, aponta uma trama complexa com conexões familiares e políticas. A Polícia Civil identificou Douglas Cowboy como o mandante do crime, enquanto Thiago Correa, suspeito de executá-lo, foi morto em confronto com a Polícia Militar no dia nove de novembro, em Curitiba. Thiago era amigo de Douglas e casado com a prima dele, evidenciando uma ligação próxima entre os envolvidos.
Douglas Cowboy é filho de Nenê da Ambulância (UB), que ficou como primeiro suplente após perder a eleição por apenas quatro votos. Segundo as investigações, Douglas teria oferecido R$ 20 mil a Thiago para executar Garré. O veículo utilizado no atentado está registrado no nome de Thiago, que usava tornozeleira eletrônica devido a antecedentes por agressão, ameaça e porte ilegal de arma.
João Garré, de 67 anos, foi assassinado na madrugada de 9 de novembro, em Santana do Itararé, enquanto chegava à casa dos pais. Ele havia sido eleito com 133 votos para o primeiro mandato como vereador, tendo experiência prévia como assessor parlamentar no município.
A defesa de Nenê da Ambulância e Douglas Cowboy tenta assegurar a diplomação de Nenê. José Valdeci, advogado dos investigados, argumenta que, mesmo com a prisão preventiva de seu cliente, Nenê mantém os direitos políticos e poderá tomar posse. Caso Nenê não seja libertado a tempo, a procuração permite que outra pessoa receba o diploma em seu nome.
A investigação segue apurando os detalhes do crime, que abalou a pequena cidade de Salto do Itararé. A ligação direta entre suspeitos e o contexto eleitoral torna o caso um exemplo marcante de violência política no Paraná.