Candidato à reeleição pelo PSD, Ratinho Junior participou de uma sabatina nesta quarta-feira (28), na Gazeta do Povo, e destacou algumas conquistas importantes para o Estado durante a sua gestão, principalmente nas áreas de infraestrutura e educação. Ele também destacou ações em outras áreas do governo, mesmos com os desafios impostos pela pandemia de Covid-19, que elevou o grau de dificuldade durante a primeira gestão.
Um exemplo de avanço na área de infraestrutura teve desfecho positivo nesta quarta: a Ponte de Guaratuba, que saiu do papel na sua gestão. O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) realizou a sessão de disputa de lances, com participação de seis empresas e a proposta de R$ 386.799.000,11, a menor entre elas, foi escolhida para elaborar os projetos e executar a obra no Litoral do Estado.
“A Ponte de Guaratuba não estava no plano de governo porque era um desafio muito difícil, de 40 anos. Não fizeram por incompetência. Fizemos os projetos de viabilidade técnica e lançamos o edital, mas uma promotora solicitou um estudo ambiental. Nós recuamos, contratamos o EIA/RIMA, que demora 18 meses para ficar pronto, e agora anunciamos a contratação da empresa”, disse Ratinho Junior. “Queremos que ela tenha como exemplo a Ponte da Integração, em Foz do Iguaçu, que também era complexa em termos de engenharia. Queremos entregar no cronograma (32 meses)”.
Além dessa intervenção emblemática do Litoral, ele citou um pacote milionário de obras de infraestrutura e projetos em todos os modais, com recursos do Governo do Estado ou de parcerias com o governo federal, a Itaipu Binacional e o Ministério Público Federal, através dos acordos de lenicência. Para a população, reforçou Ratinho Junior, não importa o financiador, mas o bem executado.
“Fizemos, com dinheiro do Estado, a Rodovia dos Minérios, inclusive com um novo lote já lançado, a duplicação entre Maringá e Iguaraçu, a duplicação da PR-445, em Londrina, a PRC-280, que era a pior rodovia do Paraná, no Sudoeste, inteira de concreto, duplicações e terceiras faixas na PR-323 e duplicações e terceiras faixas na PR-092, no Norte Pioneiro. Tem muita obra com dinheiro do Governo. E já contratamos o financiamento para começar as obras do eixo Y na região central, fazendo a duplicação de Guarapuava a Pitanga e terceiras faixas até Mauá da Serra”, disse Ratinho Junior.
“E com o governo federal também executamos muitas obras. Tem as da parceria com a Itaipu, como a Boiadeira, a Ponta da Integração, a duplicação da BR-277 em Cascavel e a duplicação da Rodovia das Cataratas. E as obras do acordo de leniência fomos nós que apontamos, nós que recuperamos. A população se beneficiou com esses investimentos, como os novos acessos de Castro e Piraí do Sul, com muitos acidentes, e o Trevo Cataratas, em Cascavel”, acrescentou.
Ele também disse que espera que o presidente Jair Bolsonaro ganhe as eleições presidenciais para expandir essa parceria. “Temos muita gratidão a ele. É o presidente que mais veio ao Paraná, que mais investiu no Paraná. Outros vieram e anunciaram um metrô em Curitiba três vezes. Agora são R$ 2 bilhões em obras e elas estão sendo entregues. Nós ficamos muito tempo com menos dinheiro do que o Rio Grande do Sul”, destacou Ratinho Junior.
NOVA FERROESTE E NOVA CONCESSÃO
Ainda sobre infraestrutura, ele apresentou detalhes de dois projetos que estão em andamento, em fases bem avançadas de execução. Na próxima gestão o Paraná terá uma nova concessão rodoviária e um novo corredor de exportação em linha férrea, com a Nova Ferroeste, facilitando o trânsito de mercadorias e diminuindo os custos logísticos das empresas.
Sobre a nova concessão de rodovias, ressaltou que por muito tempo pedágio foi usado como plataforma política no Estado, o que gerou um trauma na sociedade. “Recuperamos aquilo que tinha sido perdido, as obras, e desenhamos um novo modelo. 80% das rodovias são federais, por isso precisávamos do governo federal. E temos esse bom entendimento com o Ministério da Infraestrutura. Conseguimos convencer a União por uma modelagem de menor preço. E é menor preço mesmo porque é leilão, é embate entre empresas na Bolsa de Valores. E em infraestrutura obra é muito importante. Esse é um projeto moderno, com R$ 55 bilhões em obras, o que corresponde a um orçamento do DNIT por ano no Estado”, afirmou.
Sobre a Nova Ferroeste, explicou que a estratégia do Estado é de se tornar uma grande central logística, recebendo milho e soja do Mato Grosso do Sul e a produção agrícola do oeste catarinense para ajudar o Paraná na indústria da transformação de alimentos e nas exportações. “Esse projeto foi considerado pela Coroa Britânica um dos mais sustentáveis do mundo. Vamos transportar 80 milhões de toneladas por ano ao longo desses 1,5 mil quilômetros. Estamos nos transformando no supermercado do mundo, com cooperativas faturando R$ 200 bilhões por ano e os aumentos já registrados na nossa cadeia de proteína animal. Precisamos nos preparar para os próximos 10 ou 15 anos”, disse.
EDUCAÇÃO
Educação também foi um tema central da sabatina. Ratinho Junior explicou pontos da gestão, como a adoção do modelo cívico-militar e o aumento do ensino em tempo integral, além dos investimentos em tecnologia e na formação de professores. Esse pacote ajudou o Estado a subir no Ideb no Ensino Médio de sétimo para primeiro lugar. No Fundamental o Paraná segue sendo referência nacional.
“A educação está se transformando. A presença do educador e do professor é fundamental, mas ela pode ser digital. Por isso investimentos no Educatron, que é um programa de distribuição de TVs e equipamentos para auxiliar os professores em sala de aula. Também diversificamos os modelos porque a educação precisava sair da caixa. Temos que ter modelos para todos os públicos. Tem pai, mãe e aluno que preferem o modelo cívico-militar. Tem quem queira educação integral ou a escola convencional. Abrimos essas possibilidades”, disse.
Com as conquistas recentes e as mudanças metodológicas, com a incorporação de programação, educação financeira, Ganhando o Mundo e do Novo Ensino Médio, Ratinho Junior ainda apresentou um desafio para os próximos anos: “Agora queremos ter a melhor educação da América do Sul”.
OUTROS TEMAS
Ratinho Junior também apresentou programas sociais, como o Cartão Comida Boa, que entrega a famílias de baixa renda um auxílio mensal de R$ 80; o Mais Merenda, com três refeições por turno nas escolas estaduais; o Compra Direta, que conecta pequenos agricultores familiares a entidades assistenciais; e o Casa Fácil, com mais de 35 mil casas sendo construídas em diversas linhas, como Valor de Entrada (Estado ajuda no pagamento do valor de entrada do imóvel) e Viver Mais (condomínios dos idosos para a terceira idade).
Ele ainda comemorou alguns feitos alcançados, como a geração de mais de 360 mil empregos em pouco mais de 3 anos e meio, com redução da taxa de desocupação para 6,1%, segundo o IBGE, a menor desde 2015; a atração de R$ 120 bilhões em investimentos privados, alguns bem relevantes em municípios do Interior; e a regionalização da saúde, com o SAMU alcançando, pela primeira vez na história, 100% de cobertura nos municípios, e a implementação de novos hospitais (Cancer Center, Hospital Regional de Telêmaco Borba e Hospital Morumbi, em Paranavaí) e de leitos de UTI em cidades que não tinham, como Lapa, Laranjeiras do Sul, Goioerê, Assis Chateaubriand e Colorado.
>Por isso investimentos no Educatron, que é um programa de distribuição de TVs e equipamentos para auxiliar os professores em sala de aula.
O Educatron não é para auxiliar o professor, mas sim para substituir o professor. Tem colégios públicos da rede estadual que a aula é transmitida direto da Unicesumar nesses Educatrons.