sábado, abril 27, 2024
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InícioDestaqueCom histórico de fake news, Roberto Requião busca novo factóide

Com histórico de fake news, Roberto Requião busca novo factóide

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Desesperado e com a proximidade de mais uma derrota na próxima eleição, marcada para acontecer no próximo dia 02 de outubro, corre na boca pequena em Curitiba que a campanha de Roberto Requião (PT), candidato ao Governo do Estado, está em busca de um novo Ferreirinha para tentar subir nas pesquisas eleitorais.

Para quem não se lembra, trata-se de um personagem criado pela campanha de Requião nas eleições de 1990, quando ele disputava o Palácio Iguaçu com o já falecido ex-deputado José Carlos Martinez.

Uma semana antes da votação, o programa de Roberto Requião colocou no ar o depoimento de João Ferreira, que se identificava como matador de aluguel que teria prestado serviços à família de Martinez na grilagem de terras no Oeste do Estado.

Requião acabou vencendo a disputa, mas após a eleição, a Polícia Federal descobriu que Ferreirinha era, na verdade, o motorista Afrânio Luis Bandeira Costa, e que a história não passava de uma farsa.

Por conta disso, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná chegou a cassar o mandato de Requião no governo antes mesmo da posse, mas com base em uma série de recursos, ele conseguiu anular o julgamento e manter o cargo.

A justificativa foi de que o processo havia sido aberto apenas contra Roberto Requião e não incluía o nome do vice-governador, Mário Pereira. Legalmente, os dois teriam de ter sido citados na ação judicial.

DISQUE-QUÉRCIA
Outra atitude famosa de Roberto Requião foi a criação do “Disque-Quércia”, com o objetivo de conseguir informações, por intermédio de denúncias, contra o ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia.

Na época, os dois tinham a pretensão de ser candidato a presidente da República pelo PMDB, nas eleições de 1994. Em 2017, os dois adversários voltaram a circular juntos, como se nunca tivessem sido “inimigos” e como se fossem parceiros, motivados por interesses políticos convergentes.

MENTIRAS SOBRE O SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA
Roberto Requião também criou histórias inverídicas na área de energia. Ele disse que a Usina Elétrica a Gás de Araucária (UEG), construída na gestão Jaime Lerner, ia explodir se entrasse em operação.

Após anos de ociosidade da usina, disputas judiciais e discursos, o governo comprou as ações da UEG que pertenciam à norte-americana El Paso, por cerca de R$ 430 milhões.

O governador ainda disse que uma fissura na barragem da Hidrelétrica de Salto Caxias obrigaria a Copel a esvaziar o reservatório da usina. Especialistas em engenharia hidráulica desmentiram o então governador: havia monitoramento constante na barragem e a ela não corria riscos.

FALTA DE ÉTICA E CARTEIRAÇO DE 2001
Uma das histórias mais tristes relacionadas à Requião é o caso envolvendo o sobrinho, João Arruda, e duas adolescentes que acabaram mortas em um trágico acidente de trânsito, supostamente causado por um sobrinho do governador. No acidente, o automóvel ultrapassou o sinal vermelho e colidiu com outro veículo, matando Mariana de Oliveira, 18 anos, e Naline Picolo, de 17 anos, além de ferir outros dois ocupantes do carro.

O delegado de polícia Guaraci Joarez Abreu, responsável pelo inquérito policial sobre o atropelamento que resultou na morte de duas jovens, disse, em uma entrevista de televisão, que “a presença de Roberto Requião impediu que a polícia levasse presos os jovens que estavam na caminhonete dirigida pelo sobrinho e que fosse realizado o teste do bafômetro nos acusados”.

O delegado criticou o procedimento de Roberto Requião. ”Ele (Requião) não tinha o direito de tirar pessoas do local do acidente antes de a polícia fazer o seu trabalho”.

CAMPANHA DE 2014

Na campanha ao Governo do Estado, em 2014, Requião voltou a usar uma reportagem veiculada por um telejornal local, relatando uma suposta vaquinha feita por integrantes do Conselho de Segurança do bairro Sítio Cercado, em Curitiba, para pagar o conserto de viaturas da Polícia Militar.

Acontece que essa mesma história já havia sido contestada na época pelo governo da época. A organizadora da vaquinha era Claudia do Rocio Sebastião, que, segundo o partido PSDB, do então governador Beto Richa, não morava no Sítio Cercado, nem integrava o conselho, além de que mantinha ligações com o PT.

Na mesma campanha, no dia do debate promovido pela RPC, interlocutores da campanha de Requião passaram o dia anunciando que o candidato faria a divulgação de uma “bala de prata” contra Beto Richa, termo que se refere a uma informação capaz de derrubar um candidato que tem muita vantagem sobre os demais.

O factoide divulgado pelo PMDB, na época, revelou-se, apenas, a união com a também candidata ao governo do Estado Gleisi Hoffmann (PT) em sequenciais questionamentos sobre o governo de Richa, que concorria à reeleição. Mesma artimanha utilizada no debate desta terça-feira (27), quando os três candidatos presentes se uniram para atacar a gestão Ratinho Junior.

OS ANOS PASSAM, MAS A CONDUTA NÃO MUDA
Já é de conhecimento dos paranaenses como Roberto Requião faz campanha eleitoral e na política tenta crescer sempre com base em fake news. Ataca nas redes sociais e no horário político na rádio e tv as ações do governo Ratinho Junior. Porém, quando fala sobre a administração dele sempre são recheadas de fantasias, geralmente utilizando o termo “eu”.

POR DIVULGAÇÃO DE INÚMERAS FAKE NEWS, REQUIÃO É CONDENADO PELA JUSTIÇA ELEITORAL DO PARANÁ EM 2022
O candidato Roberto Requião (PT) também foi condenado pela Justiça Eleitoral do Paraná por ter comprovada sua autoria na divulgação de notícias falsas e de documentos anônimos para atingir o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). Pela decisão, publicada na segunda-feira (26), Requião terá que pagar R$ 30 mil.

A campanha do petista espalhou em grupos do Whatsapp um link que direcionava o usuário para uma pasta apócrifa na plataforma Google Drive. Após a quebra de sigilo, a Justiça chegou ao número de telefone que fez os disparos, que por sua vez estava registrado em nome da campanha de Roberto Requião.

Além da multa, Roberto Requião pode ser punido no âmbito criminal com detenção de até 4 anos por contratação direta ou indireta de grupo de pessoas com a finalidade específica de emitir mensagens ou comentários na internet para ofender a honra ou desabonar a imagem de candidata, candidato, partido político ou coligação.

O petista, ex-amigo do venezuelano Hugo Chávez, também pode ser condenado por irregularidade de gastos eleitorais, já que a Justiça investiga a utilização de recursos públicos por Requião nesta ação orquestrada de divulgação de notícias falsas e documentos anônimos contra o governador Ratinho Junior.

Comprovado o uso ilegal de recursos públicos, Roberto Requião poderá ficar inelegível por 8 anos e acabar melancolicamente a vida pública, na desgraça.

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