Aproximadamente 350 pessoas compareceram ao lançamento do livro “Vozes do Paraná – Retratos de Paranaenses”, ocorrido no Palácio Garibaldi, de autoria do jornalista político Aroldo Murá, na noite chuvosa de segunda-feira, um click do atual momento político e social da cidade e do Estado.
Aroldo Murá é um dos grandes jornalistas brasileiros, um ícone da imprensa local, com posicionamentos e com capacidade de desvendar todos os mistérios na sociedade, como as festas romanas em San Raphael ou os interesses pelo poder na Associação Comercial do Paraná, com um orçamento maior do que a maioria das cidades paranaense.
Sim, ele é o senhor da soupa de letrinhas ordenadas de uma maneira que qualquer leitor consegue entender e sabe por quê? O envolvimento com a notícia, com o receptor da mensagem, sem ruído na comunicação e sem floreios, como se fosse aplicada na veia para subir a cabeça e entender como agem determinados personagens curitibanos.
O depoimento que ele deu é a síntese do sucesso:
Foi numa noite chuvosa, fria – com tudo para afastar as pessoas do lançamento. “Superou todas as expectativas” (expressão clichê, mas essencial, no caso), como a sintetizaram os médicos Cícero Urban e Edmilson Mário Fabbri, que acompanham os lançamentos do livro desde 2008. Eles já foram retratados pela obra. Opinião também de José Lúcio Glomb, o advogado notabilizado por ações na área trabalhista, ex-presidente da OAB-PR.
Carlos Marassi, o insuperável apresentador e mestre de cerimônias, foi a voz moderadora, apresentando os passos da festa cultural. A “dissecação” da obra, na voz de Marassi – condutor do evento – foi sendo complementada com manifestações pontuais, como as de Cida Borghetti, ex-governadora e personalidade que consegue aglutinar em torno de si uma multidão de amigos, de diversos naipes políticos. Cida coloca a magia de sua presença em todas as situações.
Claro que este texto-resumo da festa de lançamento poderá conter omissões. No entanto, a intenção é fazer retrato de um evento cultural que reuniu cerca de 300 pessoas – com entradas e saídas ao longo da noite – no Palácio Garibaldi, um espaço cada vez mais charmoso, desde que assumido por Cida Borghetti.
Boa parte do PIB curitibano esteve lá, de 18 às 22 horas. Por exemplo: o mega empresário Arnoldo Hammerschmidt, engenheiro pela UFPR, que criou e dirige um dos empreendimentos mais bem sucedidos do Paraná – a Potencial, que comercializa combustíveis e tem entre seus clientes de porte a Petrobrás. Esse cidadão lapeano esteve lá, com esposa, filhos netos, não poupando agradecimentos. Ele, para mim, é o melhor exemplo de selfmade man que conheço. Com plantas em Araucária e Lapa, a empresa de Hammerschmidt dá enorme contribuição à defesa do meio ambiente, ao ofertar biocombustível ao Brasil todo.
Outro capitão do universo empresarial é Luiz Bonacin Filho, que, com o amigo e sócio Francisco Simeão, atua em negócios que incluem as surpreendentes “indústria de construções”, como o que vão realizando em Cascavel. O objetivo do empreendimento é ofertar apartamentos de qualidade por preços justos. Simeão, felicíssimo, partilhava da mesa de Bonacin, este um tipo humano sublinhado pela empatia dos oriundi. E dividindo os louros do projeto Bom Aluno – que oferece educação de qualidade a jovens da baixa renda- com o amigo e sócio Luiz Bonacin.
Um vídeo elaborado por Marassi e executado por Wasyl Stuparik rendeu a atenção de uma plateia que parecia mesmerizada pelo simbólico da noite: o livro narra histórias de cidadãos e cidadãs que fazem a História do Paraná dos dias atuais. A história em tempo real. Impossível não mencionar três das mais gratas presenças no evento: José Lucio Glomb, o mestre Clémerson Clève (com a esposa, Marcela) e Gláucio Geara, cujo o avô, o histórico João De Mio, foi citado por Cida como o arquiteto do Palácio Garibaldi.
Ulisses Iarochinski foi outra presença de porte nacional. Paranense de origem polonesa, é um escritor aprofundado na história e cultura da Polônia. Lá ele fez doutorado, tendo de aprender a língua de seus avós diante da circunstância essencial: obter o doutorado. Hoje é um fértil analista das cultura polaca. Seu cartão de visitas traz a heráldica familiar dos “Jarosinski”. O currículo de Ulisses inclui uma dezena de livros… Nalguns deles, o Brasil centraliza as análises.
Dante Mendonça e Maí Nascimento Mendonça trouxeram a excelente contribuição da noite: as marcas de dois jornalistas que se alinham entre os poucos conhecedores profundos da história da gente de Curitiba. Ela recebeu o diploma “Grande Porta-Voz” dado por este site a vultos de Curitiba cuja vida e obra os fazem diferenciados no dia a dia da cidade. Maí, sem nunca fazer “show off”, é a profunda inventariante do histórico da cidade, de sua gente e suas realizações. Dante caminha no mesmo tom. O casal faz um par de raros memorialistas da capital.
E quem, enfim, retornando a eventos culturais, também passou por lá foram Érico Morbiz e a filha, jornalista Cathya, hoje também coach. Feliz momento de reencontro com esses velhos amigos, desde os tempos em que Érico dirigia a CIC, no primeiro mandato de Lerner na Prefeitura.
O desfile de surpreendentes personagens avançou até às 22 horas, tendo começado às 18h30. Assim, fui anotando – e notando – uma chegada de punhado de amigos: Rogéria Dotti, a sucessora e comandante do Dotti Advogados, hoje na relação dos mais importantes advogados do Paraná, lá esteve, cumprindo convite de Gustavo Scandelari (personagem de Vozes 13). Consultei sobre tê-la como personagem de Vozes 14. Convite aceito. Não posso esquecer a presença do meu amigo, sócio do Dotti Advogados, Francisco Zardo, outra das raridades da vida paranaense não dada ao “show off adotado por certos nomes do patriciado curitibano.
A mim, claro, todos os personagens de Vozes 13 são importantes e estimulantes exemplos de seres humanos. Mas foi o casal de amigos Maria Luiza Marques Dias e Antonio Felipe Wouk o que mais me chamou atenção: os dois estavam com passagens marcadas pára Lisboa, onde iriam acertar situações legais (o pai de Maria Luiza era português, e ela tem cidadania portuguesa). Cancelaram tudo para estarem presentes à entrega de diplomas Grandes Porta-Vozes com o qual o Instituto Ciência e Fé, Fidelis et Constans e este site contemplam notáveis cidadãos do Paraná.
E, por fim, quem falou em nome do pai – Leonardo Petrelli – que estava no exterior foi Mário Petrelli Neto. Mensagem de otimismo e apoio ao projeto “Vozes”. As fotos de Rodrigo Félix Leal registram momentos da noite (prosseguirá):
Vozes do Paraná dadas pelas vozes do estimado amigo e professor Aroldo Mura… Evento anual que já deve fazer parte do calendário cultural de Curitiba.