O jornalista Aroldo Murá, sempre atento as movimentações no Palácio 29 de Março e na ACP, conta que a quinta-feira foi de frio em Curitiba. Poucas notícias? Poucas. Uma delas, a surpreendente decisão do alcaide Rafael Valdomiro Greca de Macedo em criar novos cargos na Prefeitura, todos com salário de quase R$ 19 mil, com preenchimento sem concurso. Pura dádiva do plenipotenciário a grupos de amigos, gente do “inner” grupo da Prefeitura que, parece, está precisando de reforço material ($$$).
Em compensação, a destemida Maria Cristina Coutinho, que lidera a chapa Renovação que vai disputar as eleições de novembro na Associação Comercial do Paraná (ACP), amplia seu trabalho de formiga; anunciou-me, hoje, que as coisas irão mudar no final deste agosto ou começo de setembro. “Estaremos lançando um manifesto de 1.200 mulheres associadas da ACP.
Uma coisa parece certa: também a Chapa Renovação, de Cristina,clamará contra falta de transparência da atual diretoria da ACP, a qual nega colocar à disposição dos associados a listagem de nomes que comporão o colégio eleitoral. Cristina, há dezenas de anos atuando na ACP, é educada, gentil, disponível ao diálogo, o que pode ser interpretado por alguns majorengos da Associação como fraqueza, fragilidade.
Nada disso. No manifesto,essa chapa que emerge a partir dos quadros femininos da ACP,clamará contra o autoritarismo de Turmina, que nega direito legítimo dos associados. Mas também explicitará uma visão firme. A começar – diz Cristina – por restabelecimento do diálogo entre a ACP e a Prefeitura de Curitiba. E mis: no manifesto, a chapa Renovação quer que a ACP vincule-se ao comércio estabelecido em vários bairros, “deixando de ser uma associação da Rua XV, como querem opositores”.
Cristina responde a uma pergunta sobre se ela e sua chapa não estariam indo devagar no confronto com Camilo Turmina, ela responde: “Brigar? Tudo tem seu tempo”, diz ao mesmo tempo que recusa criar clima beligerante que “só trabalharia contra a instituição”.
RECURSO AO TJ/PR
Enquanto Cristina releva outros objetivos de sua chapa, como ações em conjunto com secretarias de estado e as de Curitiba, o que se sabe é que o recurso judicial da Chapa de José Sarmento continua sendo escritopela advogada Patrícia Vieira Atherino. O recurso deveria ter sido apresentado ontem ao TJ/PR. A necessidade de ajustes na petição provocou a demora.
O forte desse recurso pode mesmo ser a contestação à mais flagrante das argumentações absurda: a ACP, disse em juízo, que a instituição tem 100 mill associados. Na verdade, nunca, mesmo nos seus melhores dias, como quando presidida por Carlos Albertio Pereira de Oliveira – chegou a ter mais que 13 mil associados. Hoje teria cerca de 6.500, uma realidade que incomoda os situacionistas.