A reciclagem política iniciada em 2018 com a eleição do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) pode ser ampliada na eleição de 2022, até mesmo no segmento LGBTI+ o clamor é para se substituir as figurinhas carimbadas, principalmente os enrustidos, sabendo disso, o jornalista e ativista Diego Xavier lança hoje a pré-candidatura a deputado estadual, pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), para lutar contra o preconceito.
Diego Xavier resolveu entrar na política depois do ataques sofridos por ele e pelo marido, Murilo Xavier, na campanha do veículo Polo, da Volkswagem, em 2021.
“Fui impulsionado pela família e pelos amigos. O que sofremos neste último ano foi horrível. Fomos ameaçados, nossos familiares foram atacados, vimos nossa vida desmoronar simplesmente porque somos gays. Sofremos na pele o que nossa comunidade sofre e isso só nos fez compreender a necessidade urgente de parlamentares assumidamente LGBTI e compromissados com a causa, ocupando cadeiras nas assembleias legislativas e no Congresso Nacional”, disse Xavier.
O jornalista destaca que é preciso comprometimento verdadeiro do poder público com a população LGBTI+. “São pouquíssimas as Casas de Lei deste país que deliberaram e conseguiram a aprovação e sanção de leis que defendam nossa comunidade. Todas as vitórias vieram por meio de julgamentos no Supremo Tribunal Federal (STF), como a que equiparou a LGBTfobia ao crime de racismo. O Brasil é o país que mais mata LGBTI+ no planeta e paradoxalmente o país com a maior parada do mundo. O Paraná tem apenas um Comitê, instituído por decreto pelo ex-governador Beto Richa e que pode ser destituído a qualquer momento”, revela o pré-candidato.
Para ele, é essencial a criação do Conselho LGBTI+ para que este delibere em conjunto com o poder público a destinação de verbas orçamentárias para investimento em políticas públicas que garantam direitos básicos, como à vida, por exemplo.
Senso – De acordo com a última pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBEG) em 2019 e divulgada em maio deste ano, 2,9 milhões de pessoas se declararam lésbicas, gays ou bissexuais com mais de 18 anos, mas segundo avaliação do próprio Instituto, esse número pode estar subnotificado. No Paraná, 175 mil pessoas se declararam gay, lésbica ou trans. O Portal Livre.jor apontou, no ano passado, que aplicando a Escala Kinsey aos números do Ministério da Saúde, estima-se que 973 mil pessoas integram a população GBTI+. Seriam 564 mil homens gays, 352 mulheres lésbicas e 57 mil pessoas trans – o equivalente, arredondando para baixo, a 8% da população do estado.
Quem é Diego Xavier
Diego que é jornalista por formação, trabalhou em diversas assessorias parlamentares (Câmara Municipal de Curitiba, Assembleia Legislativa do Paraná e Prefeitura de Curitiba). Há cinco anos atrás, quando esteve na Irlanda para uma especialização em Democracia e Tecnologia, acabou se envolvendo no ativismo LGBTI+ e nunca mais parou.
Atualmente Xavier é coordenador de um projeto de empregabilidade voltado para a comunidade por meio da ONG Aliança Nacional LGBTI+ que ocorre no interior do estado e sócio do marido da marca Yag Coffee.
A marca nasceu para abraçar a diversidade, e busca, além da valorização desses públicos, o aprofundamento no sabor e na tradição de um produto que vem de uma das principais regiões produtoras de café do Brasil, o norte do Paraná.
LgbtqZTfHjP1+@yugfdldj…será q faltou alguma letra aí???