Por noticiar o racha na Associação Comercial do Paraná (ACP), o jornalista político e símbolo do jornalismo ético e crítico no Paraná, foi atacado pelo atual presidente Camilo Turmina, que fez uma gestão discutível do ponto de vista da maioria dos associados e como não abriu mão de tentar manter o grupo político dele no comando da instituição, passou a alfinetar todos aqueles que buscam relatar os acontecimentos na instituição.
O jornalista Reinaldo Bessa também foi contestado e a verborreia atraiu atenção dos principais blogs do Paraná para levantar o que está acontecendo na Associação Comercial do Paraná, nas próximas semanas o clima deve pegar fogo e pode acertar o coração da atual administração.
Aroldo Murá contou a versão dele: o sr. Camilo Turmina, que algumas vezes foi ao lançamento de meu livro “Vozes do Paraná, Retratos de Paranaenses”, agora inexplicavelmente lança anátemas e vitupérios contra dois jornalistas – eu e o Reinaldo Bessa-, sugerindo que o fato de noticiarmos a crise na Associação Comercial do Paraná prende-se a interesses pecuniários contrariados.
E, com a maior cara de pau, condena-me, por ter buscado patrocínios da ACP. Na verdade, enviei correspondência à ACP em dois dos meus 12 lançamentos, esperando que a entidade se colocasse como milhares de leitores e algumas pessoas jurídicas que compram meu livro pelo seu valor documental. Esses pedidos são parte de esforços de marketing, o presidente da ACP deveria saber… Ou, pelo menos, seu assessor máster, Lourival Brasil, já deveria tê-lo ensinado.
Afinal, patrocínios e compras garantem a existência de bens culturais, tais como os previstos pela Lei Rouanet. Deveriam ser louvados por alguém que diz representar o mundo do comércio de Curitiba… Esclareço: o patrocínio foi pedido uma vez. E a ACP em só uma ocasião comprou poucos livros “Vozes do Paraná”. Houve uma segunda, quando o dirigente da ACP, que comprara os livros pela entidade, acabou anulando a compra.
“Vozes do Paraná” é documental, registra vidas e obras de notáveis paranaenses, o que não inclui gente integrante do nosso baixíssimo Clero. Caso do Sr. Turmina, que vai remando contra os avanços da sociedade paranaense com mastodôntica fúria em direção à sua preocupação maior: manter-se no poder por meio de áulicos de fidelidade canina, um deles, com salários altíssimos.
Para ele, conseguir R$12 milhões no caixa da ACP vale mais do que manter a palavra dada, como a da promessa de apoiar um de seus vice-presidentes, OFM, nas eleições deste ano. Não vou repetir o erro de Turmina, dizendo que ele tem interesses “inconfessáveis” ao tentar perpetuar-se na ACP.
Afinal, não somos do mesmo clero, tenho história e biografia no Paraná. Como, aliás, a própria ACP reconheceu, em agosto de 2019, ao conceder-me o diploma de “Cidadania Associação Comercial do Paraná”. O título teve apoio unânime da diretoria da ACP, sabe o sr. Turmina – homem de memória seletiva -,que a ele deu seu aval.
Não fica bem para o presidente da casa do Barão do Cerro Azul, um herói da Pátria, manifestar-se, como o tem feito em grupo de associados na Internet, lascando que essas notícias jornalísticas não passariam de fofocas. Não me surpreendo: os recursos de lógica e gramaticais nunca foram forte do relojoeiro, que precisa, de vez, acertar contas com a Sociedade. A começar pelo básico de um aglomerado humano democrático: o cumprimento da palavra dada.
E evitar manifestações bregas, como as dirigidas ao jornalista Pedro Chagas Neto, um dos melhores quadros da mídia brasileira que, até agora mostrou-se um herói paciente, corrigindo a verborragia e imoderações de Camilo, que tem de acertar os ponteiros com a sociedade se quer, um dia, ser lembrado muito além do relojoeiro que é descontrolado e atrasado, expert em fugir da “hora certa”…
Aroldo Murá G. Haygert, jornalista profissional desde 1960.
17 de junho de 2022