O jornalista político Aroldo Murá informa que qualquer curitibano bom de observação, e atento às “inovações” do prefeito Rafael Valdomiro Greca de Macedo, sabe que o alcaide fez sua opção pelos radares e os milionários resultados de multas que garantem. É explícita a preferência da administração Greca em instalar radares escondidos e em pontos mal sinalizados. Isso sem falar do mistério que envolve o contrato dos radares.
Um eloquente exemplo foi a instalação de um radar na marginal da Linha Verde, implantado em uma zona de aceleração para a saída da citada linha… A sinalização estava tão mal implantada pela Secretaria de Trânsito que tiveram que reforçá-la com placas. A decisão confirmou a insuficiência de placas. Enfim, o assunto foi bem abordado em matéria jornalística específica.
Em tempos passados, a Prefeitura de Curitiba tinha a preferência por instalar lombadas eletrônicas. Esses equipamentos, diferentemente dos radares, têm uma função mais educativa, contendo as lombadas eletrônicas uma aparência bem mais chamativa, contemplando um display. Os equipamentos contém diferenças tecnológicas visíveis, tais como display que indica a velocidade do veículo.
Em 30 de setembro de 2021, a Setran publicou em jornais da cidade que estaria retirando as lombadas eletrônicas e iniciando novo processo licitatório para a contratação de lombadas e redutores eletrônicos.
Isto decorria do encerramento do contrato com a Consilux. Até o ano passado, as lombadas eletrônicas eram administradas pelas empresas Consilux e Perkons S.A, ambas antigas prestadoras de serviços de Curitiba. Atualmente, em função do encerramento do contrato (irregular com a Consilux), a empresa Perkons prossegue com 30 delas instaladas na cidade.
ONDE MORA O “PECADO”?
Percebe-se que a Prefeitura de Curitiba prioriza a metodologia arrecadatória, pois protela o lançamento de licitação para a contratação de lombadas eletrônicas. Elas devem ser inconvenientes para a administração Greca, pois são mais visíveis que os radares, e têm uma finalidade mais educativa.
Dizem as afiadas línguas da rádio corredor, que “o piedoso Greca deverá pagar pelo menos alguns anos de Purgatório, pela estranha obsessão por radares de determinados fornecedores…”
Lombadas eletrônicas detêm infraestrutura diferenciada que as torna mais visíveis aos motoristas, promovendo, em consequências, uma redução de velocidade. Isso significa menos multa que os radares colocados nas “moitas” pelo alcaide. E assinale-se: Greca não tem interesse em discutir o papel pedagógico das lombadas. Quer saber, no final da contas, apenas quanto vai entrar no Tesouro, para “garantir sua administração natalina e momesca”, como observa Ernesto, aposentado engenheiro da PMC.
Segundo informações de um vereador atento aos assuntos dos radares, a ordem para a substituição dos equipamentos veio do gabinete do prefeito e tem por pano de fundo o sustento da indústria da multa de Curitiba. Segundo ainda o vereador, “a verba arrecadada com os radares já virou imposto cobrado de condutores que circulam nas vias de Curitiba”.