terça-feira, novembro 12, 2024
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Esquerda perde mais uma batalha pelo passaporte da vacina

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O líder da oposição na Assembleia Legislativa do Paraná, Professor Lemos (PT), defensor do passaporte da vacina, tentou erguer a bandeira da esquerda e do radicalismo na Comissão de Educação, mas perdeu a batalha, o parecer do deputado estadual Luiz Fernando Guerra (UB) prevaleceu sobre o do petista e o projeto que assegura, sem qualquer forma de segregação, a plena liberdade e o direito de ir e vir em todo Paraná foi aprovado.

O texto tramita em regime de urgência e tem co-autoria de Ricardo Arruda (PSL), Coronel Lee (PSL), Delegado Fernando Martins (PSL) Delegado Jacovós (PL), Soldado Fruet (PROS) e Gilberto Ribeiro (PP).

A proposta de lei veda qualquer exigência de documento, certidão, atestado, declaração ou passaporte sanitário comprobatório de vacinação contra a Covid-19 para acesso a espaços de uso coletivo, público ou privado, independentemente da capacidade de público do local.

Durante a apresentação do seu relatório em reunião na segunda-feira (07), Guerra ressaltou que a liberdade é uma garantia individual e uma cláusula pétrea da Constituição brasileira. De acordo com ele, muitos pais optaram em não vacinar seus filhos. Desta forma, a exigência de comprovação poderia afastar crianças da escola. “Com passaporte, limitamos que demais alunos tenham acesso à educação”, afirmou Guerra.

Ausente da reunião, o voto em separado elaborado pelo deputado Professor Lemos foi proferido pelo deputado Arilson Chiorato (PT). O parlamentar lembrou que a comprovação de vacinação é obrigatória pelo Estatuto da Criança e Adolescente e por legislação estadual.

A matéria, que já havia sido aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e na Comissão de Saúde Pública, ainda precisa passar pela Comissão de Indústria, Comércio, Emprego e Renda e pela Comissão de Fiscalização da Assembleia Legislativa e Assuntos Municipais. Depois disso poderá ser votada em plenário.

A reunião contou com a participação dos membros da Comissão, deputados do presidente Hussein Bakri (PSD), Rodrigo Estacho (PV), Luiz Fernando Guerra, Professor Lemos, Gugu Bueno (PL) e Maria Victoria (PP), além dos deputados Ricardo Arruda e Marcio Pacheco (PDT).

A proposta veda a exigência de documentação para contratação, obtenção e manutenção de trabalho, emprego ou cargo, público ou privado. Também proíbe a exigência de comprovante para obtenção de documentos e inscrições em concursos, matrícula em escolas, universidades e instituições de instrução e ensino congêneres, públicas ou privadas, entre outras atividades.

A matéria impede ainda que seja negado acesso a templos religiosos, repartições públicas, modais de transporte, eventos de qualquer natureza, escolas, universidades e instituições de instrução e ensino, tanto públicas quanto privadas, estabelecimentos comerciais, industriais e bancários e empresas prestadoras de serviços.

O projeto permite que gestores públicos ou privados possam vedar o acesso a espaço de uso coletivo em caso de infecção pela Covid-19 pelo tempo que durar o período de transmissão. Por fim, a matéria proíbe no Estado a discriminação e o tratamento diferenciado ou constrangedor a pessoas que optem por não se vacinar contra a covid-19.

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