sábado, abril 27, 2024
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Com saída de Vitor Puppi, quem conterá a fúria gastadora do prefeito Greca?

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O jornalista político Aroldo Murá conta que a saída do secretário municipal do Planejamento e Finanças, Vitor Puppi, divulgada na última segunda-feira, 22, traz uma série de incertezas sobre o equilíbrio fiscal da Prefeitura de Curitiba. Com a saída do guardião do cofre municipal, há muitas dúvidas sobre quem terá a força política e argumentação técnica para conter a sanha do prefeito Rafael Greca em gastar, muitas vezes de forma perdulária.  Vitor Puppi acabou caindo e se desgastando por seus maior trunfo: os bons resultados financeiro e fiscal. Com muita persistência e argumentos técnicos, o ex-secretário saneou as finanças e criou fundo de aval, para as calamidades, salvou o transporte público, sempre com furos por causa da má-gestão e falhas de fiscalização da Urbs.

AUMENTA ARRECADAÇÃO

Neste ano, com Vitor Puppi, a arrecadação do ISS ficou em R$ 1,14 bilhão (aumento de 27% em relação ao período anterior), o IPTU atingiu R$ 853 milhões (12,67%) e o ITBI arrecadou R$ 345 milhões (54,57%), conforme mostra o site da Câmara Municipal de Curitiba. Em audiência de balanço financeiro na na casa legislativa, Puppi destacou que obteve, com ajuda dos vereadores, cinco anos de solidez financeira, pagando tudo em dia. Ainda que fosse afável, Puppi sabia se posicionar para enfrentar avanços sobre os cofres municipais, inclusive do prefeito. E essa postura garantiu a Curitiba notas máximas (nota A) na avaliação do Banco Central e nos rankings de cidades com melhores índices econômicos, além do reconhecimento nacional por veículos de comunicação e entre os secretários de Finanças de todo o Brasil.

 “POSTO IPIRANGA”

Ademais, o bom desempenho na gestão financeira foi o que permitiu que Greca pudesse manter obras, mantendo a popularidade no período de eleição. Foi exatamente no período de eleição que Puppi começou a reclamar a seus pares sobre a pressão e desgastes que vinha sofrendo. Greca queria gastar mais e mais. Houve vários embates, muitos deles acalorados e com gritos e faniquitos do prefeito. Ao mesmo tempo, Puppi passou a ser sondado para ir para governos estaduais e de outras capitais, o que balançou o então secretário de Finanças de Curitiba.

Esses fatos quase fizeram com que Puppi não assumisse o cargo em 2021. Por quase um mês, Puppi ficou como se estivesse em férias. Foi preciso uma equipe de bombeiros, coordenada por Giovani Gionédis, para mantê-lo no cargo. Puppi foi convencido pelo canto da sereia de Gionédis e reassumiu o posto.

Mas ao longo de 2021, os desgastes só aumentaram. E Puppi continuou sendo assediado para mudar de estado ou de cidade. Também foram feitos convites para ele ministrar palestras em congressos dentro e fora do Brasil, o que Puppi planeja fazer em 2022.  Puppi decidiu pular fora quando viu que o entorno muito próximo de Greca passou a apunhalá-lo diariamente, lançando fake news que segundo a qual ele se achava maior que Greca. Segundo um vereador da base, que prefere o anonimato, a ciumeira teria dedo também do próprio Cristiano Hotz, experiente advogado, “acostumado a construir e destruir reputações”, segundo observação de um funcionário graduado das Finanças municipais. Puppi pediu para sair com um cenário de oportunidades para 2022. Há quem já o aponte como possível secretário da Fazenda do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). Ou que ajude na campanha eleitoral, criando estratégias para campanha eleitoral a presidente de candidatos da terceira via.

MAIOR DO QUE ENTROU

Seja como for, Puppi sai maior do que entrou e mais respeitado no mundo econômico e também político. Puppi conquistou a nota máxima na gestão financeira e fiscal de Curitiba. Já o atual secretário Cristiano Hotz terá que sambar muito para manter a gestão. Afinal Hotz é especialista em atender os chefes e tem pouca bagagem em gestão financeira. O novo secretário Cristiano Hotz, advogado e expert em concordar com seus chefes, já demonstra que será mais mão aberta com Greca. E para atender aos esbanjamento do prefeito, Hotz poderá aproveitar dos resultados deixados por Puppi.  “Temos cinco anos de solidez fiscal graças ao que foi aprovado pela Câmara de Vereadores. Não é pouca coisa ter cinco anos pagando as contas em dia”, declarou Puppi, entre amigos, quandfo disse ver na condição fiscal de Curitiba um momento para a cidade emitir títulos próprios, a exemplo do que a União faz com o Tesouro Direto, para se financiar com menos custos bancários.

Quando prestou contas na Câmara Municipal, em setembro, Vitor Puppi mostrou que Curitiba registrava aumentos na arrecadação de impostos. O ex-secretário vinha sendo atacado por todos os lados desde a eleição até pouco antes da sua saída. O foco de seus adversários era a liberação de mais dinheiro , não importando o preço que Curitiba viesse a pagar por tantas gastanças projetadas.

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