domingo, abril 28, 2024
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A poesia como combustão de risco, no “Às Vezes, aos Domingos”

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Joema Carvalho e Priscila Prado são as convidadas da décima oitava edição de “Às vezes, aos domingos”. O encontro acontece em 24 de outubro, a partir das 17 horas, no Instagram @joemacarvalho. Sem mediador(a), elas vão se entrevistar e ler poemas autorais.

Radicada desde 1994 em Curitiba, a londrinense Joema Carvalho conta que ela e Priscila Prado, que se conhecem há tempos, já compartilharam um café da manhã – “com orquídeas em um lugar delicioso” – articulando detalhes para a décima oitava edição de “Às vezes, aos domingos”.

“Espero que a live seja uma troca de afinidades, e uma extensão daquele café da manhã”, diz Joema, que define a poesia da Priscila Prado como delicada e sutil. “Tem muito ritmo, sonoridade e lirismo no que ela escreve. Quando leio a [poesia da] Priscila, parece que as letras vão me conduzindo”, observa.

Carioca radicada em Curitiba desde a década de 1970, Priscila Prado acredita que o encontro on-line será uma interação afetiva e produtiva.

“Espero que enriqueça a quem participar tanto quanto a nós mesmas”, afirma Priscila, que admira, na poesia de Joema Carvalho, as imagens sugeridas – e não explicitadas, a conexão com a natureza (inclusive o uso de terminologia científica), e a densidade que, entretanto, “permite entrever a luz, a esperança”.

Gatilhos poéticos

Joema Carvalho afirma que, para ela, um poema surge de uma mistura de filmes, músicas, momentos e situações “que fazem vibrar as minhas antenas”.

“O que escrevo vem da adrenalina, vivências intensas, de quando faço trilha e não sei onde o caminho vai me levar. Preciso desta combustão, do risco”, diz a autora de Luas e Hormônios (2010), livro de poemas reeditado no ano passado pelo selo Marianas em suporte digital.

Autora de seis livros de poemas, Priscila Prado conta que, para ela, um poema pode ser deflagrado por uma imagem, um fato, algo da intimidade das relações mais próximas ou do espaço público e político.

“Para sintetizar, [o gatilho de um poema] seria o encontro que desconcerta – seja por um encanto, deslumbramento, choque, indignação, dor. O poema vem como a tentativa de decodificar esse impacto, de o traduzir em palavras”, afirma Priscila, que acaba de publicar OTSUS – poemas e interjeições (Editora Insight: Curitiba, 2021).

Nosso Paraná

Já participaram de “Às vezes, aos domingos” dezenas de autoras e autores paranaenses, nascido(a)s ou radicado(a)s no Estado, entre os quais Otto Leopoldo Winck, Jô Bibas, Alexandre Gaioto, Francine Cruz, Roberto Prado, Jaqueline Conte, Andrey Luna Giron, Eliege Pepler e Jonatan Silva – a primeira edição aconteceu em julho de 2020.

Guido Viaro e Marcio Renato dos Santos idealizaram a proposta com a finalidade de inventar palco virtual para escritoras e escritores paranaenses durante a pandemia. Soma de Ideias, Coalhada Artesanal Preciosa e Tulipas Negras apoiam a iniciativa.

Mais informações em tulipasnegraseditora.blogspot.com

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