quinta-feira, maio 2, 2024
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Tempo implacável com a Democracia Cristã

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O colunista político Aroldo Murá amplia a discussão dos partidos políticos no Paraná e conta que há ampla movimentação de legendas nanicas na formação de diretórios municipais no Paraná, com vista ao pleito de 2022. Um deles, como noticia o Blog do Tupan, é o Democracia Cristã (DC), que no final de semana prosseguiu seu trabalho de criação de diretórios. O último foi criado no Dia do Trabalho, em Contenda.

TEMPO IMPLACÁVEL (2)

A notícia, para velhos observadores da realidade política brasileira, soa chocante, até. Tudo por conta da avaliação que faço da DC que conheci encarnada no Partido Democrata Cristão, tendo capitães de enorme peso na política nacional, como os governadores Lucas Nogueira Garcez e Franco Montoro (São Paulo) e Ney Braga, além de um portfólio de grandes legisladores. A herança de Adenauer e Kohl, que animou o PDC brasileiro, não resistiu ao desaparecimento dos primeiros líderes locais. E aí ficou.

SAUL RAIZ, QUALIDADE ACIMA DE BARREIRAS

Quando recordo o papel da Democracia Cristã no processo de modernização do Paraná levada a cabo por Ney Braga a partir 1960, sou obrigado a lembrar o nome de Saul Raiz, que anos depois seria prefeito de Curitiba substituindo Jaime Lerner. Um grande prefeito substituindo outro de igual dimensão.

SAUL RAIZ (2)

Um administrador de rara qualidade, Saul, 94, carregou a melhor bandeira do Democracia Cristã de então, ao garantir a implantação da Rodovia do Café. Foi tarefa hercúlea, obrigando-o a mudar-se, literalmente para os canteiros de obras, conforme ele registrou em entrevista ao meu livro Vozes do Paraná, Retratos de Paranaenses.

Saul, esse raro quadro da democracia cristã, era um judeu atuando naquele universo de defensores da postulados da Igreja Católica na área de doutrina social. Esses postulados, na verdade, nunca impediram o PDC de governar de olhos voltados para todos os brasileiros.

QUALIDADE ERA O REQUESITO BÁSICO DE NEY

Numa ampla entrevista que gravei para o projeto Memória Paraná com o ex-ministro da Fazenda, Karlos Rischbieter, ele explicou como Ney Braga, eleito governador, escolheu parte de sua equipe. O governante, disse, foi à Universidade Federal do Paraná, com seu irmão, Guilherme Lacerda Braga Sobrinho. Lá pediu ao reitor a relação dos melhores alunos de Engenharia. De Lá saiu com alguns nomes escolhidos como o dele, Rischbieter e Affonso Camargo, e mais meia dúzia de notáveis da Engenharia e de outras áreas.

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