segunda-feira, abril 29, 2024
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InícioPolítica CuritibaGigantes da comida industrial estão no “monópolio da caridade alimentar” do prefeito

Gigantes da comida industrial estão no “monópolio da caridade alimentar” do prefeito

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O articulista político Aroldo Murá conta que não há muito o que se discutir, pois quem tem olhos para ver, viu. Por isso, o assunto repercutiu nacionalmente, como nunca vi repercutir uma notícia de Curitiba nos últimos dez anos: o prefeito Rafael Valdomiro Greca de Macedo enviou à Câmara Municipal de Curitiba, em 31 de março, projeto que estabelece “monopólio da Prefeitura” nos atos caritativos de distribuição de alimentos aos moradores de rua.

É isso mesmo! (leia-se o assunto sob a ótica da Prefeitura no site da PMC) E ainda estabeleceu o mais grave: multa de até R$ 550,00 para quem, organização social ou pessoa física, “infringir” a lei.

Quem seria atingido se essa barbaridade não tivesse sido interrompida de tramitar na dócil Câmara? Seriam centenas de organizações sociais, como a Pastoral do Povo de Rua – mantida pela Arquidiocese de Curitiba, que se manifestou duramente contra a pretensão do alcaide – e obras como SOS Vila Torres, liderada pelo padre Joaquim Parron, líder católico de peso em Curitiba, obra associada à PUC-PR.

E, o mais grave: milhares de pessoas vulneráveis que não têm sequer recursos (R$ 3,00) para pagar refeição nos restaurantes populares da Prefeitura…

EVANGÉLICOS TAMBÉM

A essa realidade de gestos solidários que Greca quis penalizar e interromper, acrescente-se um sem número de igrejas evangélicas, centros espíritas e grupos leigos que se dedicam a minorar a fome do povo atingido por desemprego e a pandemia.

E cujas necessidades vão se ampliando nesta estação de outono, claro que a lucidez de Rafael – de intervalos, pautada pela grandiloqüência de discurso fáceis -, tem outros componentes:  a) com o projeto, o prefeito quis assegurar “o monopólio da caridade alimentar pela prefeitura, com a chamada Mesa Solidária”, como observa um padre ligado à Pastoral do Povo de Rua;  b) a centralização das ações de atendimento aos pobres dentre os mais pobres a Prefeitura quer manter a qualquer preço. E assim continuar – ou até ampliar – os contratos que a municipalidade mantém com os “capitães” da comida industrial:  c) Essas fornecedoras de comida à Prefeitura recebem, tenha ou não sido fornecidas, por 10 mil refeições diárias. Negócio de pai para filho; d) uma das empresas contratadas pela Prefeitura é a da família Madalosso; outra, a Risotolândia, sobre cuja qualidade da alimentação não se discute; e) a comida é em 90% subsidiada pela Prefeitura, nos chamados restaurantes populares. E quanto custa a comida dos moradores de rua?

FLÁVIO ARNS

Por último, mas não menos importante: o controle da entrega de alimentos aos moradores de rua pretendido por Greca insere-se no seu contínuo projeto eleitoral, marcado por cercear qualquer espaço de eventuais opositores.

Um dos políticos brasileiros mais constantes na defesa das causas sociais, o senador Flávio Arns, manifestou-se no Senado, na sexta, com vigor contra a investida de Greca aos gestos de solidariedade aos pobres.

A repercussão nas redes sociais e nas grandes redes de televisão e jornais expôs um prefeito “atônito”. Essa situação de cegueira administrativa “parece que se ampliou desde que Greca perdeu sua mais fiel assessoria, feita por Mônica Santana”, disse à coluna um vereador que pede anonimato.

A família Madalosso enviou uma nota negando ter negócios com a Prefeitura de Curitiba.

Recebi com espanto sua matéria que vincula o nome da Família Madalosso aos gigantes da cozinha industrial.

Importante deixar claro que nunca produzimos e/ou fornecemos o serviço de cozinha industrial pois nunca o tivemos em nossa empresa. NÃO temos contrato com qualquer ente público.

Em meio à pandemia, mesmo com o restaurante fechado, criamos projeto para DOAR ao Município, através do mesa solidária, em torno de 200 refeições por mês.

Favor retificar seu texto para que não fuja da verdade.

Agradeço sua atenção e aguardo seu retorno.

Lorenzo Madalosso 

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1 COMENTÁRIO

  1. Dizem que não sei votar. Concordo, votei nele nas duas eleições. É triste que uma pessoa que se diz Cristã, aja tão sorrateiramente. Infelizmente, ele não é o único. Tempo difíceis também para estes vermes Políticos. As máscaras vão caindo uma a uma!

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