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terça-feira, novembro 19, 2024
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União de bancadas na Assembleia do Paraná, Câmara e Senado será fundamental para modelo justo de pedágio

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De Paranavaí, no Noroeste do estado, tema da 10ª audiência pública realizada pela Frente Parlamentar Sobre o Pedágio, terceira  em sistema remoto, o deputado Tião Medeiros (PTB) afirmou que o encontro diz respeito a uma região que será uma das mais impactadas pelo novo modelo, não apenas porque abrange pelo menos cinco praças de pedágio, mas também porque, a partir da construção de delas, o fluxo de veículos pode ser desviado para dentro do município, segundo o parlamentar,  que discorda de vários pontos do modelo apresentado pelo Ministério da Infraestrutura.

“Seria economicamente inviável para a região, porque já começa com um valor alto de tarifa, em torno de R$ 10 reais. Fora que a proposta prevê o degrau tarifário, com aumento de 40% nos preços a partir da conclusão das obras. Não concordamos e precisamos documentar nossa insatisfação junto à ANTT. Os erros do passado devem servir de ensinamento para as novas concessões”, afirmou o deputado, que também disse que o governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD) se mostrou contrário ao modelo proposto. “Falei com ele ontem e ele me garantiu ser contra a modelagem, o que fortalece a nossa posição”, reforçou.

A região Noroeste integra o lote 4 da licitação proposta pelo Governo Federal e engloba cerca de 690km de estradas, com a manutenção das atuais três praças de pedágio e a instalação de cinco novos postos de cobrança: Guairaçá, Jussara, Cianorte, Umuarama e Francisco Alves.

A união em torno dos deputados estaduais e federais e dos senadores é essencial para que o sistema seja revisto pelo Governo Federal.

O Evandro Araújo (PSC), se disse esperançoso ao observar um movimento como o da Frente Parlamentar em união com a sociedade. “É preciso lutar contra esse modelo nocivo de pedágio. Queremos licitação pelo menor preço. Não queremos taxas de pedágio só por cobranças, mas por melhorias para a nossa população. Me orgulho em fazer parte desse movimento”, elogiou.

A não renovação dos atuais contratos foi lembrada pelo deputado Anibelli Neto (MDB), que disse que há quatro anos, outro grupo foi formado na Assembleia para tratar do pedágio, e obteve bons resultados. “Mudar é possível a partir da mobilização. E queremos avisar que o Paraná não vai aceitar essa modelagem e o Noroeste pode se desenvolver ainda mais com uma tarifa justa para todos”, ressaltou.

A Assembleia cumpre um papel fundamental através das audiências públicas: promover a transparência no debate, na avaliação do deputado Tercílio Turini (CDN) “Eu me lembro da concessão de 24 anos atrás. Nos venderam um sonho lindo, que virou pesadelo. Por isso, o que a gente decidir vai delinear a economia do Paraná pelos próximos 30 anos. Esse modelo é muito ruim e temos consenso em não aceitá-lo”.

O deputado Subtenente Éverton (PSL), disse que a apresentação feita por Romanelli é simples e esclarecedora, e é o desejo da população. “Queremos transparência nesse processo. As pessoas precisam saber o que estão pagando. Não consigo entender até mesmo as cobranças iniciais nas tarifas. Mesmo o pedágio sendo federal, a Assembleia faz a sua parte, defendendo os paranaenses”.

Indignação com o modelo proposto também apresentada pelo deputado Professor Lemos (PT). Para ele, essa é a hora do Paraná demonstrar a sua força. Ele cobrou uma defesa enfática do governador junto ao Governo Federal. “O governador tem responsabilidade de não entregar as rodovias estaduais ao Governo Federal”, cobrou.

“Sou a favor de todas as reivindicações propostas pela Frente e vou além: a isenção do pagamento de tarifas para algumas categorias, principalmente para os moradores próximos às praças de pedágio”, disse o deputado Delegado Recalcatti (PSD).

O deputado Luiz Fernando Guerra (PSL) enfatizou que procura participar de todos os debates para fazer coro às reivindicações. “Já temos tido vitórias com projetos aprovados na Assembleia, com o objetivo de contribuir, inclusive com uma lei que acaba de ser publicada, que obriga as concessionárias a concluírem obras iniciadas”, detalhou.

Lideranças federais – Também participaram da audiência, ao vivo ou encaminhando vídeos, deputados federais e senadores paranaenses e sul matogrossenses.  A duplicação do trecho da BR-376, que liga os dois estados está incluída no modelo proposto pelo Ministério da Infraestrutura.  O deputado Eduardo Rocha (MDB/MS), representou a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e disse que o caminho é a união de todas as bancadas. “Pelo que pude ver aqui, temos que trabalhar muito, unir as bancadas federais e estaduais dos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e também do Mato Grosso. Estamos à disposição para colaborar com um projeto que não é só dos estados envolvidos, mas de todo o Brasil”.

Também do Mato Grosso do Sul, a senadora Simone Tebet (MDB) se comprometeu em contribuir com a mobilização. “Gostaria de deixar meu compromisso com a duplicação da BR-376 e de 35 km de uma rodovia aqui no Mato Grosso do Sul, onde o Ministério da Infraestrutura já vem realizando estudos técnicos e tem nosso apoio”, pontuou.

Os senadores Oriovisto Guimarães (PODE/PR) e Nelsinho Trad (PSD/MS) ressaltaram a disponibilidade de atuar no Congresso em favor do desenvolvimento das suas regiões de origem. “Temos que destacar que a duplicação da BR-376 ligando os dois estados também leva ao Porto do Paranaguá, que exporta a produção dois estados. Contem com meu apoio”, se comprometeu Oriovisto.  “As obras na BR-376 serão fundamentais para melhorar as condições de tráfego entre o Paraná e o Mato Grosso do Sul, promovendo ainda mais desenvolvimento para os dois estados”, reforçou Trad.

O senador Flávio Arns (PODE) tem participado das audiências públicas desde que começaram. Ele também é contra o modelo federal. “Temos que levar em conta que esse pedágio vai durar muitos anos e não podemos, mais uma vez, pagar uma conta alta por um contrato que não seja adequado.  O trabalho da Frente precisa ser elogiado, porque tem sido feito de forma correta e o Paraná depende do que nós decidirmos em conjunto”, indicou.

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