O jornalista Aroldo Murá analisa que se alguém disser que o deputado Ney Leprevost ficou surpreso com os resultados da pesquisa eleitoral que aponta o alcaide Rafael Valdomiro Greca de Macedo como o mais lembrado nome para a eleição a prefeito de novembro, estará errado.
Asseguram antigos cabos eleitorais de Ney – como dois dos ouvidos pela Coluna, gente hoje atuando em outras pré-campanhas, como a de João Guilherme e Francischini – que o ex-secretário de Família, Justiça e Trabalho sabia há meses “estar sendo enfraquecido” ,e já se mostrava pouco animado para levar o projeto eleitoral adiante.
O verdadeiro comandante do PSD, Ratinho Junior, há tempos mostrava, segundo essas fontes e outros analistas políticos, apostar as fichas em Greca. O seu verdadeiro alvo, segundo as mesmas fontes, seria
agregar a si o vice, Eduardo Pimentel, uma poule de dez, por sua juventude e capacidade de aglutinar influenciadores.
Claro, também, que o potencial de votos de Greca foi importante para a escolha do governador, mesmo ele tendo de se desfazer de Ney Leprevost, igualmente forte de votos. Pimentel, moço e com ficha limpa, é um dos “darlings” do patriciado curitibano, sem as arestas enormes que hoje marcaram Greca. E, também, com uma saúde física e mental de ferro.
INVESTINDO NO VICE
Para um atilado jornalista de política, com dezenas de anos de cancha na área, o que aconteceu “foi fácil de explicar”:
– O governador começou há muito tempo a investir no Eduardo Pimentel Slaviero, e assim, foi se esvaziando a pré-candidatura de Ney.
Essa explicação tem lógica: Ratinho Junior quer consolidar-se em Curitiba através de um nome que é de todo palatável a seu grupo e à sua própria família (o pai, particularmente). No caso, o escolhido final é
um só, Eduardo Pimentel.
Pimentel Slaviero é um afortunado: além de conselhos prudentes de Paulo Pimentel e de Cláudio Slaviero, tem a seu lado um dos mais preparados – e discretos – assessores de primeira hora, o segundo
vice-presidente da Fecomércio do Paraná, Paulo Nauiack, uma raridade nesse universo da política de vale tudo.
RATINHO JUNIOR NADA ESPERA
Para a mesma velha raposa política da imprensa, “Ratinho Junior não espera lealdades de Greca de Macedo, cujo forte não é o de ser leal aos que o ajudam, vide os grandes traídos pelo prefeito, como Jaime Lerner, Roberto Requião e Beto Richa. O mais massacrado foi Lerner, o real “construtor” do hoje alcaide.
Por seu turno, Greca de Macedo estaria, agora, apenas interessado em somar votos, como os que Ratinho Junior proporcionará.
Um marquetólogo aposentado cravou a seguinte “previsão”, declaração premonitória que, no mundo da política, nem sempre é anotada pela importância de seu conteúdo:
– Greca de Macedo vai, ao fim do pleito, se vitorioso, garantir que ele não dependeu do apoio de Ratinho Junior, usando argumento para ele “muito claro”: dirá que já estava com a eleição no papo, independente
do apoio do governador. Citará pesquisas, etc.
Enfim, Greca não surpreende aos que tem olhos para ver e ouvidos para ouvir. É como o escorpião da fábula, tal como lembrou recentemente o jornalista Pedro Ribeiro do Portal Paraná.
Ney Leprevost não teria mesmo condições de se opor à clara posição do governador que, polidamente, requisitou sua volta à SEJU, desalojando-o da corrida prefeitural.
É importante lembrar que a última palavra sempre caberia ao governador sobre a candidatura de Ney,pois Ratinho Jr. é quem controla o Fundo Eleitoral e tem poder de todos os apoios e vetos no PSD.
Não se sabe quanto do Fundo está destinado a Curitiba, até agora. Ney era o único nome, até então, que criava problema eleitoral para o atual alcaide, por ter significativa importância em votos e liderança.
DECISÃO DE KASSAB
O “placet” nacional para que o PSD do Paraná (incluindo, claro, o de Curitiba) ficasse com Greca de Macedo, segundo me garante um ex-secretário de Imprensa de antigos governos, “foi o obra do
ex-deputado Eduardo Sciarra.” Ele foi quem costurou todas as negociações com o dono do PSD nacional, Gilberto Kassab, em favor da guinada do partido.
Dizem línguas afiadas que, no fundo do túnel, discretamente – como sempre – estava o advogado GG , articulador de longa trajetória, braço direito, condutor de Greca e, com certeza, a voz de comando mais forte ouvida hoje na Prefeitura de Curitiba. Muito mais poderosa do que a da Aranha Marrom, mas com a qual forma uma dupla que acaba decidindo muito sobre uma cidade de 2 milhões de almas.
Mas vai passar a perna mesmo.
Vai dar uma rasteira para concorrer ao governo.
Bonito serviço ratinho, tirando o Ney da disputa.
Vai tomar .
O que esperar?
Tem que ser apunhalado mesmo !
Não estranhe se Pimentel sair de vice do Francischini!
Greca, adora, rir dos apoiadores que deixa para trás
Não vai ser novidade ele trocar de aliado. Greca faz sempre isso
Governador, o sonho do Greca é ocupar a principal cadeira do Palácio Iguaçu
Greca nunca mais.
é um erro apoiar o Greca. Ele é um exemplo ruim de gestão
Greca é um velho representante da velha políticva
Vamos tirar Greca da prefeitura em 15 de novembro