domingo, abril 28, 2024
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Greca, se vencer, deve desdenhar apoio de Ratinho Junior

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O jornalista Aroldo Murá analisa que se alguém disser que o deputado Ney Leprevost ficou surpreso com os resultados da pesquisa eleitoral que  aponta o alcaide Rafael Valdomiro Greca de Macedo como o mais lembrado nome para a eleição a prefeito de novembro, estará errado.

Asseguram  antigos cabos eleitorais de Ney – como dois dos ouvidos pela Coluna, gente hoje atuando em outras pré-campanhas, como a de João Guilherme e Francischini – que o ex-secretário de Família, Justiça e Trabalho sabia há meses  “estar sendo enfraquecido” ,e já  se mostrava  pouco animado para levar o projeto eleitoral  adiante.

O verdadeiro comandante do PSD, Ratinho Junior, há tempos mostrava, segundo essas fontes e outros analistas políticos, apostar as fichas em Greca. O seu verdadeiro alvo, segundo as mesmas fontes, seria
agregar a si o vice, Eduardo Pimentel, uma poule de dez, por sua juventude e capacidade de aglutinar influenciadores.

Claro, também, que o potencial de votos de Greca foi importante para a escolha do governador, mesmo ele tendo de se desfazer de Ney Leprevost, igualmente forte de votos. Pimentel, moço e com ficha limpa, é um dos “darlings” do patriciado curitibano, sem as arestas enormes que hoje marcaram Greca. E, também, com uma saúde física e mental de ferro.

INVESTINDO NO VICE

Para um atilado jornalista de política, com dezenas de anos de cancha na área, o que aconteceu  “foi fácil de explicar”:

– O governador começou há  muito tempo  a investir no Eduardo Pimentel Slaviero, e assim, foi se esvaziando  a pré-candidatura de Ney.

Essa  explicação tem lógica: Ratinho Junior quer consolidar-se em Curitiba através de um nome que é de todo palatável a seu grupo e à sua própria família (o pai, particularmente). No caso, o escolhido  final é
um só, Eduardo Pimentel.

Pimentel Slaviero  é um afortunado: além de conselhos prudentes de Paulo Pimentel e de Cláudio Slaviero, tem a seu lado um dos mais preparados – e discretos – assessores de primeira hora, o segundo
vice-presidente da Fecomércio do Paraná, Paulo Nauiack, uma raridade nesse universo da política de vale tudo.

RATINHO JUNIOR NADA ESPERA

Para a mesma velha raposa política da imprensa, “Ratinho Junior não espera lealdades de Greca de Macedo, cujo forte não é o de ser leal aos que o ajudam, vide os grandes traídos pelo prefeito, como Jaime Lerner, Roberto Requião e Beto Richa. O mais massacrado foi Lerner, o real “construtor” do hoje alcaide.

Por seu turno, Greca de Macedo  estaria, agora, apenas interessado em somar votos,  como os que Ratinho Junior proporcionará.

Um marquetólogo aposentado cravou a seguinte “previsão”, declaração premonitória que, no mundo da política, nem sempre é anotada pela importância de seu conteúdo:

– Greca de Macedo vai, ao fim do pleito, se vitorioso, garantir que ele não dependeu do apoio de Ratinho  Junior, usando argumento para ele “muito claro”: dirá que  já estava com a eleição no papo, independente
do apoio do governador. Citará pesquisas, etc.

Enfim, Greca não surpreende aos que tem olhos para ver e ouvidos para ouvir. É como o escorpião da fábula, tal como lembrou recentemente o jornalista Pedro Ribeiro do Portal Paraná.

Ney Leprevost não teria mesmo condições de se opor à clara posição do governador que, polidamente, requisitou sua volta à SEJU, desalojando-o da corrida prefeitural.

É importante lembrar que a última palavra sempre caberia ao governador sobre a candidatura de Ney,pois Ratinho Jr. é quem controla o Fundo Eleitoral e tem poder de todos os apoios e vetos no PSD.

Não se sabe quanto do Fundo está destinado a Curitiba, até agora. Ney era o único nome, até então, que criava problema eleitoral para o atual alcaide, por ter significativa importância em votos e liderança.

DECISÃO DE KASSAB

O “placet” nacional para  que o PSD do Paraná (incluindo, claro, o de Curitiba) ficasse com Greca de Macedo, segundo me garante um ex-secretário de Imprensa de antigos governos, “foi o obra do
ex-deputado Eduardo Sciarra.” Ele  foi quem costurou todas as negociações com o dono do PSD nacional, Gilberto Kassab, em favor da guinada do partido.

Dizem línguas afiadas que, no fundo do túnel, discretamente – como sempre – estava o advogado GG , articulador de longa trajetória, braço direito, condutor de Greca e, com certeza, a voz de comando mais forte ouvida hoje na Prefeitura de Curitiba. Muito mais poderosa do que a da Aranha Marrom, mas com a qual forma uma dupla que acaba decidindo muito sobre uma cidade de 2 milhões de almas.

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10 COMENTÁRIOS

  1. Mas vai passar a perna mesmo.
    Vai dar uma rasteira para concorrer ao governo.
    Bonito serviço ratinho, tirando o Ney da disputa.
    Vai tomar .

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