Empréstimos na gestão Greca podem chegar a R$ 1,6 bilhão

Em três anos e meio no comando do Palácio 29 de Março, o prefeito Rafael Greca (DEM) endividou a capital do Paraná em aproximadamente R$ 1,3 bilhão, em empréstimos de instituições do Brasil e do exterior, indicando uma herança maldita para as próximas gestões.

O de maior valor é do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com lastro em dólar, no valor de US$ 106.788.596 (a R$ 5,36) e que ontem bateu na casa de R$ 572.386.874,56, que deve ser pago em 20 anos, com carência de cinco e que vai afetar diretamente a gestão que assumir de 2025 a 2028, com o papagaio terminando de ser pago em 2045.

Da Caixa Econômica Federal (CEF), Greca pediu autorização na Câmara Municipal de Curitiba para tomar três empréstimos no total de R$ 410 milhões, com prazo de pagamento de 15 anos, com início de pagamento na próxima gestão.

Outra dívida contraída foi com a Agência Francesa, lastreada em Euro, de € 38.141.124,00 (ontem era cotado a 6,04), totalizando R$ 230.372.388,96. Não há menção ao prazo de amortização do crédito.

O democrata foi também ao Banco do Brasil para pedir R$ 60 milhões e na proposta não foi encontrada o período de pagamento e de juros.

Finalmente, em 2017, Greca tomou R$ 30 milhões da Fomento Paraná, sem informar o valor do juros e do prazo de pagamento, totalizando hoje R$ 1.217.761.263,52, indicando uma herança maldita para as próximas administrações.

Nos últimos dias, a Comissão de Urbanismo, Obras Públicas, da Câmara de Curitiba, acatou outro empréstimo de US$ 75 milhões, equivalente a R$ 402 milhões, junto ao New Development Bank (NDB), que vai fazer o endividamento da cidade pular para R$ 1,619.761.263,52, se for aprovado pelo plenário do legislativo.