* Wander Santos
Desde 2012, com recursos da passagem do usuário do transporte coletivo de Curitiba, a Urbs já gastou cerca de R$ 50 milhões somente com a manutenção dos equipamentos de bilhetagem eletrônica.
Se a concorrência realizada em 2013, no governo do ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT), fosse ratificada, os serviços custariam a metade, gerando uma economia de R$ 25 milhões.
Em 20123 a empresa que venceu a concorrência não conseguiu assumir os serviços da manutenção por que o SETRANSP teria conspirado com a URBS e a DATAPROM, que escondeu os equipamentos de reserva técnica de bilhetagem eletrônica, motivo pelo qual impediu que a empresa vencesse a concorrência e assumisse os serviços.
Durante a CPI da Urbs, realizada em 2013, uma comissão de vereadores fez uma diligencia junto ao fornecedor do hardware para encontrar os equipamentos e entregar para a vencedora da concorrência, mas o fornecedor teria transferido o material para outro local, e sem eles, a empresa não conseguiu assumir os serviços, o que transpareceu ser uma jogada para manter a DATAPROM, que cobrava mais, mesmo tendo perdido a concorrência.
Importante lembrar que o valor da manutenção dos equipamentos de bilhetagem eletrônica do transporte público de Curitiba está incluída na tarifa técnica, ou seja, é o usuário quem paga o custo da manutenção.
Isso significa que um dos motivos pelo qual a passagem de Curitiba ser uma das mais cara do país, é o alto custo da manutenção.
Na CPI do transporte de Curitiba se tentou realizar uma acareação entre as partes, mas o presidente do SETRANSP e o fornecedor do hardware não compareciam, sendo assim, a empresa que venceu a concorrência da manutenção dos equipamentos de bilhetagem eletrônica do transporte público de Curitiba ajuizou ação e o caso está sendo discutido juridicamente, prestes a ter um desfecho.
O proprietário da empresa vencedora espera conseguir juridicamente o cumprimento do contrato, o que baixaria em cerca de 50% os custos da manutenção e desoneraria o valor da passagem.
*Wander Santos atuou como DBA em empresa de transporte público, gerente de tecnologia em empresas do transporte público, empresário na área de prestação de serviços de tecnologia para transporte público e desenvolvedor de novas tecnologias para sistemas de transporte público.
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