A lei eleitoral de 2017 criou uma nova realidade para as legendas brasileiras, a tentativa de deixar nos próximos anos apenas dois partidos que irão concentrar os recursos do fundo eleitoral e do partidário, os demais vão viver em uma espécie de limbo na política brasileira, sobrevivendo, mas não vivendo dignamente e tudo se transformará na elite engolindo o dito proletariado.
Na próxima eleição PSDB, PDT, Solidariedade, PV, Podemos, PSB, Cidadania e Novo poderão se transformar em mico, concentrando o poder para o PL, PT, Progressistas, União Brasil e PSD.
O PT deve sobreviver por ser o mais forte entre as siglas partidárias da esquerda, já a direita formada pelo PL, Progressistas, União Brasil e PSD vão ficar mais pressionadas a partir de 2030, com risco de pelo menos duas virarem zumbis.
Mas como evitar que tudo isso acabe?
A criação de federações hoje é a melhor maneira de driblar a cláusula de barreira, mas a partir de 2030 isso vai imperar, já que há tretas impensadas entre os dirigentes partidários.
Talvez esteja na hora de se rever o sistema eleitoral brasileiro para a política não se tornar um jogo para milionários com interesses.