Debate da Band mostrou Cristina Graeml sem lenço e sem documento

O candidato do PSD do governador Carlos Massa Ratinho Junior, Eduardo Pimentel, deixou claro no debate da Band Curitiba que será um bom prefeito, se for eleito, mostrou ter feito a lição de casa, estudando a cidade, as necessidades da capital do Paraná, além dos pontos fracos da adversária Cristina Graeml (PMB), a ponto de tirar o rumo dela no início do debate, quando ela se mostrou nervosa, levemente ofegante e meio perdida nas primeiras trocas de acusações.

Enquanto a candidata do PMB, Cristina Graeml insistia no confronto e com um repertório de negações, seguidas de farpas, Eduardo Pimentel tentava levar o debate para discutir a cidade, mas claro, sempre dando uma canelada nos pontos fracos da concorrente, principalmente a omissão de ter uma empresa formada em São Paulo e no vice Jairo Ferreira Filho, onde ele fez questão de deixar claro que o vice dela foi condenado em duas ações por enganar clientes.

Aos poucos Cristina Graeml se reergueu, retomando com indiretas e insistindo em pautas não completamente verdadeiras e tentando se mostrar como a única representante da direita, principalmente ao tentar carimbar Eduardo Pimentel como um nome da esquerda, uma informação inverídica, para tentar impressionar o eleitorado bolsonarista.

Quando confrontado por Cristina Graeml, Eduardo Pimentel se saiu com segurança e conseguiu convencer com as respostas, com a direitista radical tentando falar que ele era um robô, prontamente respondida com outra indireta que irritou a jornalista, ao disser ter sido a inteligência artificial responsável pelo programa de governo dela, com omissões em várias áreas, entre elas, causa animal e política para mulheres.

Eduardo Pimentel constrangeu Cristina Graeml ao falar que o negacionismo dela era da boca para fora, quando ela confirmou ter sido vacinada com os filhos, acabando com o discurso sobre o uso alternativo da Cloroquina e da Ivermectima ser a melhor a defesa contra o vírus da Covid-19.

Outro momento tenso foi quando Eduardo Pimentel afirmou que o curitibano mais pobre vai pagar uma passagem do transporte coletivo mais cara com Cristina Graeml, com a cobrança do quilômetro rodado, a candidata do PMB sentiu o baque e respondeu com mais ataques no estilo Pablo Marçal de ser.

Uma das insistências de Cristina Graeml foi de que Eduardo Pimentel teve oito anos para fazer as propostas dele virarem realidade, mesmo não sendo ele o prefeito, sem ter o poder de decisão e em certo momento o nome do PSD disparou: “ela roda, roda, roda, mas não responde com profundidade as questões”.

Para devolver a alfineta, Cristina Graeml utilizou uma denúncia da candidata de esquerda do Psol, Andrea Caldas, recomendou para as famílias de curitibinhas procurarem o nome de Nelson Slaviero, acusado de trabalho escravo, e um dos doadores de Eduardo Pimentel, e usou de ironia para atacar o governador Ratinho Junior, que trabalhou como sonoplasta em um programa de rádio do pai quando era adolescente.

Mostrando maturidade política, Eduardo Pimentel disse que a candidatura dele oferece paz política e relembrou da gestão de Gustavo Fruet (PDT), considerada uma das piores da história de Curitiba, para carimbar a falta de experiência da adversária.

O terceiro bloco foi a parte mais chata do debate, sem um repertório concreto de acusações, Cristina Graeml perdeu até a força da narrativa, mostrando ter sido vencida.

Para o próximo encontro, Cristina Graeml precisa estudar um pouquinho mais para abalar a confiança de Eduardo Pimentel ou até mesmo tira-lo do sério.