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sábado, dezembro 21, 2024
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Paraná sobe no perfil de crédito de agência internacional

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A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou o Perfil de Crédito Individual (PCI) do Paraná, de bbb- para bbb, indicando uma melhoria na percepção de solvência do Estado. Essa atualização reflete tanto a liquidez quanto a gestão da dívida pública.

A revisão foi divulgada na noite de quinta-feira (10) e manteve a classificação geral em BB/Estável. Esse é o maior nível que um estado brasileiro pode alcançar, já que as notas estaduais não podem superar a classificação nacional, conforme as diretrizes da agência.

O relatório da Fitch destaca que a elevação para bbb reflete o bom controle fiscal do Paraná. O novo “rating” representa maior confiança na capacidade do governo de honrar seus compromissos financeiros, especialmente em função da “adequada disponibilidade de caixa nos últimos três anos”, conforme apontado no documento.

Essa melhoria na classificação tem como principal impacto a sinalização positiva no cenário internacional sobre a estabilidade econômica do Paraná. Com isso, o Estado se torna mais atrativo para investidores, podendo acessar financiamentos em condições mais favoráveis e impulsionar projetos de desenvolvimento. Na prática, trata-se de um selo de confiança e qualidade concedido pela agência.

Em seu relatório, a Fitch ressalta principalmente a boa gestão fiscal do Paraná no que diz respeito ao controle de dívidas. “O Estado obteve economias ao renegociar algumas de suas obrigações com contrapartes privadas e com o governo federal, além da antecipação de pagamentos de amortização”, destaca o documento.

O texto faz referência principalmente à renegociação da dívida histórica que o Paraná tinha com o Banco Itaú relacionada ao Banestado e que se estendia por mais de 20 anos. Em 2023, o Governo Estadual conseguiu não só um desconto de 65% sobre esse valor como fez sua quitação antecipada, o que reduziu a dívida em cerca de R$ 4 bilhões e resultou em uma economia de R$ 2,8 bilhões com correção monetária.

Como a revisão das notas leva em conta os acontecimentos dos últimos 12 meses, a quitação ajudou a puxar os indicadores de solvência para cima. Além da Fitch Ratings, o Ranking de Competitividade dos Estados, do Centro de Liderança Pública (CLP), também já havia reconhecido essa melhora.

“A partir da Secretaria da Fazenda, o Estado adotou uma política de ação planejada e eficiente da dívida pública no sentido de estar sempre revisando e analisando esses débitos para fazer a boa gestão e diminuir o saldo devedor”, explica a diretora do Tesouro Estadual, Carin Deda. “Seguindo essa política, temos uma dívida bastante estabilizada e a previsão é que ela continue controlada desta maneira para os próximos exercícios”.

A quitação desse débito levou a dívida pública do Paraná ao seu menor patamar em mais de uma década. Em 2011, os passivos do Estado chegaram a R$ 14,7 bilhões — o que correspondia a 72,9% de toda sua receita na época. Em 2023, o estado encerrou o ano com dívida negativa de R$ 2,87 bilhões, a segunda melhor do País, atrás apenas do Mato Grosso.

Ter dívida líquida negativa significa que o Estado tem disponibilidade financeira superior à dívida de longo prazo. Na prática, isso representa sustentabilidade nas contas e garante que o Paraná tenha condições de executar programas de governo e realizar investimentos nas mais diversas áreas, como saúde, educação, infraestrutura e segurança, por exemplo, ao invés de gastar com o pagamento de juros — e é isso que a nota bbb da Fitch Ratings destaca.

O QUE É RATING – O chamado “rating” das agências de classificação de risco é uma avaliação de crédito atribuída a uma entidade, seja ela um governo, empresa ou instrumento financeiro. A avaliação serve para mensurar a capacidade de pagar pelas dívidas contratadas, de acordo com os termos estabelecidos.

Os ratings são amplamente utilizados por investidores, instituições financeiras, governos e empresas para avaliar o risco de crédito antes de investir ou fazer negócios. Ratings mais altos indicam maior qualidade de crédito e menor risco, enquanto ratings mais baixos indicam maior risco de inadimplência.

A Fitch é uma das três maiores agências de classificação de risco globais, ao lado da Standard & Poor’s e da Moody’s.

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1 COMENTÁRIO

  1. De que adianta??? Só um maluco investiria no Brasil com este presidente babuíno de 9 dedos, derrotadissimo nas urnas, fraco, com ideias retrógrados, superadas, estatizantes de viés absolutamente marxista. Dinheiro não gosta de ser mal tratado, foge desses ambientes.

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