Claúdio Osti, do Paçoca com Cebola, conta que ainda sobre o prefeito de Londrina, é fato que Marcelo Belinati, em sua trajetória política, nunca foi um personagem de grupo.
Ele sempre caminhou só.
Foi eleito vereador, com a ajuda inegável do sobrenome forte, patrimônio político construído pelo tio Antônio Belinati – três vezes prefeito de Londrina.
Depois elegeu-se deputado federal e prefeito duas vezes. E, em todos esses anos, ninguém consegue apontar, ao certo, quem são os políticos que fazem parte do seu grupo.
Com exceção de alguns assessores que o acompanham desde a Câmara Federal, o fato é que ele caminha sozinho.
Para alçar voos mais altos – ser candidato ao Governo ou ao Senado – ele precisaria se reinventar politicamente. Passar a fazer um trabalho mais efetivo para ser um líder regional e até estadual.
Mas isso nunca foi sua prioridade.
Prefeitos da região metropolitana de Londrina frequentemente reclamam que Belinati simplesmente ignora as demandas comuns, não lidera as ações, e não assume politicamente o comando das articulações junto ao governo do Paraná.
Enquanto era interessante para o PP, o partido o engoliu, até porque é o prefeito da segunda maior cidade do Paraná.
Agora, na reta final do seu segundo mandato, o PP, comandado pelo deputado Ricardo Barros – que sempre tem muitos interesses bem particulares – já demonstra não se interessar mais em mantê-lo em seus quadros.
É óbvio que há partidos interessados no passe de Belinati.
Mas talvez tenha chegado o momento de juntar os seus assessores e rediscutir qual será o seu projeto político qual partido se interessaria para pelo personagem que caminha só.