Com a sociedade organizada pressionando Rafael Greca e a Câmara Municipal de Curitiba, o prefeito recuou e aceitou discutir um aumento menor no IPTU, de no máximo 20% para os pais dos curitibinhas revoltados com a proposta de derrama, que chegaria a 30% se ninguém berasse contra o teto máximo permitido pela legislação.
Hoje quando a proposta for votada haverá uma readequação no imposto, com emendas apresentadas pela base aliada, já acertadas na reunião de sábado com o secretário de Governo, Luiz Fernando Jamur, o homem forte na atual administração, ao lado de Lucas Navarro, braço direito e esquerdo do prefeito.
Segundo Luiz Fernando Jamur, 100 mil residências estarão isentas; 170 mil pagarão menos; 20 mil não terão aumento; 64 mil, receberão o IPTU com o reajuste apenas da inflação, já 28 mil levarão a facada no bolso de 20% ou no máximo R$ 250,00.
Por exemplo, imóveis com 100m2 no Capão Raso que valem R$ 300 mil vão passar a pagar um valor de IPTU maior.
Imóveis com a mesma metragem, no Batel, que vale R$ 1 milhão, vão pagar menos, segundo os assessores de Rafael Geca.
A Prefeitura de Curitiba apresentou uma proposta de tabela aos vereadores variando de 0,22% a 0,80%, mas na maioria das vezes a administração municipal opta pelo maior.
É bom lembrar que a referência para o cálculo do IPTU é feita levando em conta 70% do valor do imóvel, se você tem um de R$ 1 milhão, o cálculo é de 700 mil.
Mesmo assim, não dá para ficar na ingenuidade de um preço baratinho no IPTU, 20% é salgado e vai ter um impacto maior nos próximos anos, com outros ajustes, para variar sempre acima da inflação.
Os pais dos curitibinhas sempre pagam a conta de decisões erradas, como encher o bolso da concessionária de transporte coletivo e gastar o restante com o pessoal do asfalto.