César Silvestri aposta em fake news para distorcer pesquisa eleitoral

Nem só de condenação e denúncias por irregularidades de quando foi prefeito de Guarapuava vive o pré-candidato do PSDB, César Silvestri, Filho, visivelmente incomodado pelo baixo desempenho na pré-campanha eleitoral, o tucano parece ter aderido a fake news sobre as pesquisas eleitorais no Paraná, ele vem propagandeando que bastaria que alguns dos candidatos crescesse 1% nas pesquisas para se ter segundo turno no Paraná, algo inverídico e matematicamente incorreto, os institutos de pesquisas apontam vitória ao atual governador Carlos Massa Ratinho Junior, já no primeiro turno, com até 66% dos votos válidos.

Nos dois levantamentos feitos no Paraná e que estão registradas no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), César Silvestri aparece patinando com apenas 3% de intenção de votos.

A tentativa de desinformação é um indicativo de que a corrida eleitoral pode se tornar o da desinformação, com alguns candidatos apostando na disseminação de fake news para tentar sobreviver politicamente, revelando que a “nova política” está disfarçada de “velha política”, para tentar manipular o sentimento do voto do eleitorado paranaense.

Ao tentar colocar dados “fakes” na consciência e tentar levar o cidadão a mudar de opinião é considerada uma medida desleal e vai exigir a entrada do corpo jurídico para corrigir os golpes desleais.

Apesar de reconhecer a pouca experiência e além do pouco conhecido das causas do Paraná, como ele mesmo assume, César Silvestri, tem o telhado de vidro, teve uma gestão na Prefeitura de Guarapuava questionada, marcada por escândalos, como o caso de fraude em licitação no espetáculo Paixão de Cristo, em que ele se tornou réu e dois secretários da prefeitura acabaram presos, com a licitação ocorrendo dois meses depois do evento. Em depoimento, a secretária de Educação admitiu a fraude.

Ainda durante o governo no município, César Silvestri teria movimentado cerca de R$ 160 milhões do orçamento sem autorização da Câmara de Vereadores, e acabou sendo denunciado pelo Ministério Público por crime de responsabilidade fiscal, pela edição de 30 decretos irregulares.

Filho de família da política tradicional de Guarapuava – a mãe é deputada estadual e o pai foi político e esteve envolvido nos escândalos da Lava jato –, César Silvestri também teve problemas por empregar parentes na administração pública e foi denunciado no caso dos funcionários fantasmas na Assembleia do Paraná.

Quando prefeito de Guarapuava teve que se acostumar com a presença do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) na Prefeitura, período em que César Silvestri foi acusado de recorrer ao governador da época, Beto Richa (PSDB), para tirar o Gaeco do encalço, dele, segundo denúncias de blogs.

Sem muitas explicações, o tucano Beto Richa, parceiro desde a década passada, substituiu seis dos sete integrantes que investigavam as irregularidades na administração de César Silvestri, fato que despertou ruídos nos corredores da política paranaense.

Depois de um ano e cinco meses fora da cena política, o retorno de Cesar Silvestri fica marcado pelo discurso recheado de “fake news”.

Uma coisa é certa, a tática tortuosa na política, onde os meios justificam os fins, acabam se revelando perigosas no futuro próximo, principalmente quando existe a possibilidade de um “google” para os eleitores conferirem todas as informações.

Nas redes sociais são comuns encontrar comentários de que Cesar Silvestri não sabe reconhecer as qualidades dos adversários, também tem dificuldade em entender o verdeiro sentimento da população em relação as preferências eleitorais, e por isso estaria recorrendo a velha política para tentar se manter em pé na disputa que acontece em dois de outubro.

Hoje, adversários da terras de Guarapuava apontam a falta de experiência na vida pública pela ausência de certas regras de moralidade quando entra na disputa pelo poder e citam alguns acontecimentos do passado para confirmarem as narrativas.

Mas o eleitor está atento a esses deslizes normais na “velha política”, também sabe reconhecer quando um candidato aposta no vale-tudo da corrida pré-eleitoral e procura se afastar, o que reflete nos números das pesquisas eleitorais.