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quarta-feira, novembro 27, 2024
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Delegado segue exemplo da Prefeitura de Curitiba, e leva armas para um pastor “consagrar”

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O jornalista político Aroldo Murá conta que tanto a religião, quanto a Economia, sempre estiveram no centro das atenções do mundo político; no Brasil e nas nações do chamado Primeiro Mundo, como os Estados Unidos. Mas alguns países vetam fortemente a presença de valores do “religare”. Caso da França, por exemplo, em que até símbolos religiosos não podem ser exibidos em público por crentes. É o caso dos véus que as islâmicas praticantes (ou radicais?) têm de usar.

E assim é oportuno lembrar: com a aproximação das eleições, o presidente da República continua em sua peregrinação político-religiosa, envolvendo pastores e bispos evangélicos e a membresia de diversas igrejas. E em Curitiba, noticia-se que na Secretaria de Segurança, na capital, o auditório da  Pasta é utilizado para cultos da Igreja Universal, e que os funcionários estariam sendo constrangidos a assistir cultos religiosos.

Curitiba, pois,  está mesmo dentro do tema: o delegado Tito Barichello, da Homicídios, da Capital, levou armas sábado à noite, para o pastor de uma igreja benzer, ou “consagrar” ou “ungir”. Acompanhado da esposa, também delegada, Barichello – advogado com mestrados em Direito -, diz  não existir  qualquer ilegalidade no ato realizado fora do expediente,  na Igreja Agnus, de Curitiba. E mais: que todas as armas ungidas são particulares, suas, embora as use também no seu serviço, na “defesa da sociedade”.

Barichello se declara católico que participa de cultos evangélicos. Ora, não faz muito anos nos quais  a Igreja Católica monopolizava manifestações do Estado (laico?), promovendo, em escolas e quartéis, por exemplo, as comunhões de Páscoa, a chamada desobriga. Isso entre outros atos que avançam nos limites do estado leigo.

O assunto é daqueles que não têm mais fim, e dentro dele comporta examinar ação de um pastor – de nome Marcelo – que passou a ser o assessor de Lula para assuntos evangélicos. Isso sem deixarmos de lembrar que Lula sempre teve a simpatia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),  por meio de seu dileto amigo e ex-ministro Gilberto Carvalho, uma das estrelas mais cintilantes do petismo, paranaense, antigo seminarista palotino na Capital e depois coordenador da Pastoral Operário da Arquidiocese de Curitiba. E lembre-se também que foi com o apoio do então vigário de Santo André, então padre Cláudio Humes, hoje cardeal, que Lula fundou o PT.

O assunto não teria fim, se examinássemos, ainda, a presença exponencial de autoridades em cultos de matrizes afro, em todo o Brasil. Embora quase sempre evitando identificar-se. O exame do assunto será sempre oportuno, lembrando que até a capela da ALEP, antes dedicada a Nossa Senhora Aparecida, hoje é ecumênica: quando há missa, a imagem da santa aparece no altar, e quando é culto evangélico, ela some.

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1 COMENTÁRIO

  1. Será que o delegado estava errando muito os tiros dele? Nesse caso deveria ir pro Stand de tiros da Escola da Polícia Cívil, que existe justamente para tal finalidade.

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