O jornalista político Aroldo Murá sempre atento com os movimentos da Prefeitura de Curitiba conta que mais uma vez o contribuinte vai pagar a conta por uma estrutura cara e sem autonomia nenhuma para fiscalizar e “controlar”, diz um auditor da Secretaria Municipal de Finanças, o qual já ocupou a função de corregedor de finanças, que era uma atividade similar à atual proposta. Nas mãos de Rafael Greca, quantas barbaridades daí serão geradas? Ele terá o aval de seu pupilo (a) para endossar seus acessos de vaidade…
No projeto de lei, não foi prevista qualquer garantia, mandato e forma de escolha para o corregedor, sendo o cargo de livre nomeação e exoneração do prefeito.
Assim sendo, indaga-se: que tipo de autonomia para fiscalizar terá o controlador que poderá ser exonerado se desagradar ao alcaide? O projeto de lei não estabelece mandato para os Controladores e Corregedores, que ficarão vulneráveis aos chiliques do alcaide e de seu staff. Ficarão vulneráveis aos “acessos de raiva” dos que se ufanam de pertencer ao “círculo íntimo” do prefeito. Alguns desses – gente do inner circle – a cidade conhece bem. Já estão na História de Curitiba que, claro, dirá como e porquê foram abençoados com tanto poder, exercício que, com o passar dos anos, poderá ser explicado até por suas implicações ético-morais…
O correto, comenta um ex-vereador, seria a indicação com a sabatina e aprovação da Câmara Municipal, poder que tem o dever de controlar e fiscalizar os atos do poder executivo.
MAIS GASTOS E “YES MAN”
Em resumo, a Controladoria somente vai gerar gastos aos cofres públicos e servir aos interesses do alcaide, quando necessitar “validar” algum procedimento sob a “luz” de falsa compliance. Nada mais cômodo, pois, do que o prefeito garantir, em qualquer circunstância, o aval do seu “controlador”. Um “fake” controlador, segundo observa a veterana dona Matilde.
Vejam trecho da Lei:
“Art. 1º Fica criada na estrutura administrativa do Poder Executivo, de que trata a Lei nº 7.671, de 10 de junho de 1991, e suas alterações, a Controladoria Geral do Município de Curitiba, órgão central de coordenação do Sistema de Controle Interno, vinculado diretamente ao Prefeito, em cumprimento aos arts. 31, 70 e 74 da Constituição Federal e aos arts. 59 e 62 da Lei Orgânica do Município de Curitiba.” (sic)
Um corregedor vinculado diretamente ao Prefeito, pois, vai glosar as mordomias do Prefeito, e o atendimento de seus pupilos com dinheiro público.
Vai virar apenas mais um instrumento de manobras de vingança de Rafael Valdomiro Greca de Macedo.
Esvaziamento da Procuradoria do município: a vingança
Rafael Greca não perdoa a Procuradoria do Município, a qual chegou a instaurar uma sindicância para apurar o sumiço dos móveis e peças antigas da Casa Klemtz e obras que segundo a denúncia apareciam em uma foto na chácara de Greca em Piraquara. No procedimento existia até um depoimento de uma senhora idosa a qual testemunhou atos nada republicanos à época envolvendo os interesses do hoje prefeito.
Pois bem! A Sindicância foi arquivada pela própria gestão de Rafael Greca, sobrando para todos os procuradores o ódio e a raiva do alcaide, que além de promover uma série de mudanças na procuradoria e perseguições, vem esvaziando a instituição.
A Controladoria nada mais é que um ato de esvaziamento das atribuições da Procuradoria, pois retira da PGM justamente o poder de sindicância e apuração. A mesma situação já ocorreu com os guardas municipais,para os quais criaram uma corregedoria. Nela, a Guarda Municipal “fiscaliza” a guarda municipal.
Segundo um servidor atento, a antiga estrutura da Procuradoria era muito rigorosa na conduta dos Guardas Municipais, o que desagradou à cúpula da Guarda.
Gente que incomoda
Prepara-se uma série de mudanças na Procuradoria do Município. A mais clara delas vai atingir todos aqueles procuradores que estariam de alguma forma “incomodando” e questionavam a legalidade de atos de gestores. Eles serão removidos.
Segundo ouve-se na rádio corredor, existe até um procedimento junto ao Ministério Público do Paraná averiguando as mudanças que tem descaradamente o objetivo de promover um desvio de finalidade em sua execução. Secretários descontentes com os pareceres jurídicos solicitaram a substituição de procuradores de carreira do Município e foram atendidos.
Tupan, porque a Procuradoria vendeu o prédio (Sede própria) da Rua Alvaro Ramos e agora paga aluguel no prédio da João Gualberto???? Que negócio ‘da China’ foi esse????