O jornalista político Aroldo Murá sempre atento as movimentações de bastidores analisa que o lançamento da candidatura de Cesar Silvestre Filho à disputa do governo de Estado pelo PSDB pode mudar as alianças políticas no Paraná.
Cesar Silvestre foi ungido com as bênçãos do governador João Dória (PSDB) e do ex-governador Beto Richa (PSDB). E há nessa composição a promessa de ter o apoio do MDB local, o que dividiria os partidos que estão com o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD).
Ex-presidente Michel Temer e o presidente do MDB, Baleia Rossi, dão como certa a parceria com o PSDB na disputa presidencial, replicando esse acordo para os estados. Há estratégia medebista evitar qualquer ligação no primeiro turno com o presidente Jair Bolsonaro (PL) ou ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Caso a visão nacional prevaleça, Silvestre Filho ganharia mais corpo e mais recursos para enfrentar a disputa estadual, contando com os fundos partidários do PSDB e do MDB. E teria ainda a possibilidade de convidar o deputado estadual Guto Silva (PSD) a ser candidato ao senado pelo MDB. A princípio seria um adversário que não poderia ser subestimado.
No entanto, a muita definição ser fechada. O acordo entre PSDB e MDB só acontecerá por julho e muita coisa pode mudar. Sem contar que desde o ex-governador Roberto Requião (sem partido) foi defenestrado do PMDB, o partido tem demonstrado que vai apoiar o governador Ratinho Junior.
O presidente do MDB do Paraná, Anibelli Neto, tem trabalhado para fortalecer a legenda e fala entre seus que prefere o governador Ratinho Junior. Anibelli foca em criar condições futuras, após o segundo mandato de Juninho, para o MDB voltar ao Palácio Iguaçu. Para isto, tem preferido em trazer os grandes líderes do MDB que fugiram de Requião, como, por exemplo, os deputados Alexandre Curi, Luiz Claudio, Jonas Guimarães, Romanelli e Artagão Junior.