Nos próximos seis meses o senador paranaense vai trucar para tirar os adversários da corrida eleitoral de dois de outubro de 2022, assim como fez no passado, mas o ativismo dele para emplacar o ex-juiz Sergio Moro, candidato do Podemos à presidência da República, impede que Alvaro Dias consiga fechar um acordo bacana para rifar o nome do PSD, do governador Carlos Massa Ratinho Junior, ao cargo.
Alvaro Dias sabe que Ratinho Junior não deve ir contra Rodrigo Pacheco, candidato do PSD ao Palácio Alvorada.
Também não vai querer desafiar o presidente Jair Bolsonaro (PL), já que ele é um sério concorrente a renovar o mandato, um parceiro do Paraná e um desafeto de Alvaro Dias, apenas para satisfazer a vontade do senador paranaense, de ficar outros oito anos em Brasília.
Jair Bolsonaro já sinalizou que deverá apoiar a deputada federal Aline Sleutjes (PSL) para o Senado, assim como Sergio Moro vai apostar em Alvaro Dias.
O mapeamento político de 2022 empurra o PSD a ter um postulante entre, Guto Silva, Leonildo Paranhos, Alex Canziani e Noberto Ortigara, com vantagem para o primeiro da lista, o mais articulado do grupo e também aquele com mais sangue nos olhos para acabar com a hegemonia de Alvaro Dias, iniciada em 1999, e contestada, devido a projetos políticos diferentes, por lideranças, vereadores e prefeitos.
As reclamações acumulam sobre o jeito de Alvaro Dias conduzir o mandato, uma delas é de que a última vez que passou pelas cidades paranaenses foi no período eleitoral, para pedir votos e depois esqueceu das promessas de enviar emendas.