O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados arquivou nesta terça-feira (23/11), por 13 votos a 6, a representação do Psol contra o líder do Governo, deputado Ricardo Barros (PP). O relator, deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), ressaltou em seu parecer que não existem provas mínimas de envolvimento do deputado nem da existência de irregularidades na compra de vacinas contra a Covid-19 pelo Governo Federal.
As circunstâncias narradas, segundo ele, “não se mostram certas, objetivadas, circunstanciadas” e “carecem de objetividade”.
Cezinha de Madureira salientou que houve, em todo o contexto de denúncias relativas à gestão da pandemia, um claro direcionamento contra o presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. “Busquei olhar a vida do deputado Ricardo Barros e, também por isso, cheguei à conclusão deste parecer”, concluiu o relator.
Ataques infundados
O líder do Governo lembrou que todas as pessoas inquiridas na CPI da Covid negaram a sua participação em qualquer irregularidade.
O deputado Hiran Gonçalves (PP-RR) avaliou que as denúncias são “extremamente frágeis e carecem de substância e verdade”.
Segundo ele, a CPI da Covid no Senado foi politizada. Hiran Gonçalves ressaltou que confia no líder do Governo pelo fato de Ricardo Barros ter sido “um dos mais competentes ministros da Saúde, com uma gestão pautada na economicidade, que gerou uma economia de R$ 5 bilhões e possibilitou investimentos em um arcabouço de equipamentos de reforço à saúde nos municípios”.
Oposição
O arquivamento do processo foi defendido inclusive por parlamentares da oposição. “Insinuações não podem ser trazidas para este Conselho de Ética, para não nos tornarmos um tribunal de exceção. Não vejo qualquer razão para darmos prosseguimento a esta representação; aqui, buscamos a isenção e a tentativa de obter um resultado justo”, afirmou o deputado Mário Heringer (PDT-MG).
E agora, uma parte livre e a outra?
O intocável, este conhece cada milímetro das cinco letras: poder.