Os deputados Luiz Claudio Romanelli (PSB) e Tião Medeiros (PTB) apresentam na próxima segunda-feira (13) requerimento propondo uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná para debater a implantação da tecnologia 5G no Paraná. Pela proposta, a audiência será no dia 27, a partir das 9h30, por videoconferência, com transmissão pela TV Assembleia, site e redes sociais do Legislativo. “A tecnologia 5G é uma evolução sem precedentes nas conexões de internet e precisamos discutir o impacto disso, tanto social quanto econômico, no nosso estado”, afirma Romanelli.
De acordo com o Ministério das Comunicações, o modelo de concessão não será de “venda” das frequências e sim pela cobrança de um plano de investimentos de 20 anos por parte das operadoras. “Em razão disso, entendemos que é fundamental iniciar este diálogo e construir consensos para que o Paraná possa apresentar suas demandas em relação à nova tecnologia de forma estruturada”, explica Romanelli.
“Dada a importância da tecnologia 5G para o Paraná, que agora poderá ampliar seu potencial competitivo no mundo, é que se faz necessária a discussão do tema com a sociedade civil organizada”, apontam os deputados no requerimento. O documento reforça que, além da chamada “internet das coisas”, a futura rede deve conectar escolas da rede pública por meio de fibra óptica.
Tecnologia – A internet móvel 5G chegará até às antenas por uma rede de fibra óptica e terá conexão até 100 vezes mais veloz que a 4G, conforme prevê o Ministério das Comunicações. Entre as obrigações previstas no edital estão a ampliação da conectividade em regiões onde atualmente o sinal de internet é ruim ou não chega.
O governo também quer garantir internet de alta velocidade em 72 mil escolas públicas urbanas de todo o País e assegurar que haja conexão 4G em sete mil escolas rurais existentes no Brasil. Outra demanda é implantar internet de qualidade nos 48 mil quilômetros de rodovias federais.
Internet das coisas – A tecnologia 5G é a nova geração de internet móvel e permitirá ampliar a transmissão de dados. A promessa é que ela trará mais velocidade para baixar e enviar arquivos, reduzirá o tempo de resposta entre diferentes dispositivos e tornará as conexões mais estáveis.
Essa evolução da rede também vai reforçar a chamada “internet das coisas”, ao permitir conectar à internet muitos objetos ao mesmo tempo: celular, carro, máquinas, semáforos, relógio, entre outros.
A rede já começou a funcionar em países como Alemanha, China, EUA e Japão. No Brasil, o governo federal prepara atualmente o leilão das frequências. O edital da licitação já recebeu aval do Tribunal de Contas da União.